Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • A Universidade Federal de Lavras (Ufla), situada no sul de Minas Gerais, receberá os estudantes que ingressarem na graduação no segundo semestre deste ano com inovações curriculares. A instituição inclui na formação dos alunos disciplinas humanistas obrigatórias, agrupadas em cinco áreas, que serão ministradas nos três primeiros semestres dos cursos. O objetivo é contrabalançar a formação tecnicista praticada na universidade.

    De acordo com o pró-reitor de graduação da Ufla, João Chrysostomo de Resende Júnior, a instituição fez modificações no currículo para oferecer aos alunos uma formação mais completa que combinam os fundamentos técnicos de cada curso, que já são fortes, com disciplinas humanistas.

    Constam do núcleo fundamental comum obrigatório as disciplinas de comunicação e expressão, filosofia e ética, sociologia e cidadania, matemática fundamental e inglês. Para completar a grade, os colegiados dos cursos podem acrescentar outras disciplinas que devem ser escolhidas entre ciência, tecnologia e sociedade; organização, mercado e empreendedorismo; e direito e legislação. Dessa forma, explica o pró-reitor, os colegiados podem incluir todas as disciplinas sugeridas, desde que somem no mínimo 20 créditos e no máximo 24.

    O ensino de matemática fundamental entrou no currículo obrigatório, segundo João Chrysostomo, porque grande parte dos alunos vem do ensino médio com deficiência nos conteúdos de cálculo, o que provoca uma retenção nos primeiros semestres. O objetivo é “fazer um nivelamento de conteúdo”, uma vez que a maioria dos cursos da Ufla tem viés de matemática, informa.

    Turno da noite – Mas as mudanças da Universidade Federal de Lavras não param no currículo. Com os recursos do Reuni, que é um plano de reestruturação das universidades federais patrocinado pelo Ministério da Educação, a Ufla oferece mais vagas nos cursos de graduação existentes, cria novos cursos e abre vagas no turno da noite. Segundo o professor Chrysostomo, “o Reuni inaugura um tipo de financiamento nas universidades federais sem precedente na história”.

    A expansão de vagas e de cursos obedece um cronograma que se completa em 2011. Em 2007 e 2008, a universidade abriu quatro cursos noturnos: licenciaturas em física, matemática, educação física e sistemas de informação; em 2010 começa o curso de direito e em 2011, outro curso que a instituição ainda não definiu. As vagas de ingresso na graduação passam de 640 no ano de 2006 para 1.740 em 2011.

    Junto com a expansão da oferta de cursos e de vagas serão realizados concursos públicos para ingresso de novos professores e de servidores técnicos. Hoje a instituição tem 95% do corpo docente com mestrado e a maioria dos professores com doutorado. Informações adicionais estão disponíveis no portalda Ufla.

    Ionice Lorenzoni

  • São Sebastião do Paraíso (MG), 29/3/2018
    – O ministro da Educação, Mendonça Filho, visitou, na manhã desta quinta-feira, 29, o terreno onde será construído o campus São Sebastião do Paraíso, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em São Sebastião do Paraíso, cidade localizada no sul de Minas Gerais. O valor total estimado pela instituição para as obras do campus é de R$ 36,3 milhões. As atividades devem ser iniciadas, em instalações provisórias, já no segundo semestre de 2018.

    Segundo Mendonça Filho, a decisão de implantar o campus na cidade mineira obedece ao planejamento estratégico das universidades: “São elas que decidem, a partir do seu conselho universitário, para onde expandir e como expandir, priorizando as vocações regionais – no caso de São Sebastião do Paraíso, a agroindústria, que tem uma força muito expressiva, e que contará com o apoio do Ministério da Educação para a sua implementação no menor espaço de tempo possível”.

    Na oportunidade, o ministro reforçou que a transformação de um país passa, necessariamente, pelo investimento na área da educação. “Quando você cria oportunidade de acesso à educação, é lógico que é preciso pensar na educação como um todo, desde avanços na educação básica, infantil, fundamental, [ensino] médio até o acesso à educação superior”, afirmou. “O que a gente vê aqui em Paraíso é justamente isso: essa oportunidade sendo alargada, não só para a localidade, mas para toda região”.

    A criação e a implantação do campus já foram aprovadas pelo conselho universitário da instituição. Após a tramitação pelas secretarias responsáveis no MEC, o processo será submetido à decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE).

     

    A criação e a implantação do campus UFLA Paraíso já foram aprovadas pelo conselho universitário da instituição. Após a tramitação no MEC, o processo será submetido à decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE). (Foto André Nery/MEC)

    Qualidade – Inicialmente, o campus Paraíso pretende ofertar os cursos de bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia (BICT), com duração de três anos, e três cursos de engenharia (produção, software e uma terceira com a nomenclatura ainda a ser definida), com duração de dois anos.

    Para o reitor da UFLA, José Roberto Scolforo, a instituição de ensino tem crescido muito no quesito qualidade. “A UFLA fez a opção de vir para Paraíso porque nós observamos que esta é uma região estratégica, pois tem a pujança do agronegócio”, ressaltou. “Com esse campus, nós poderemos contribuir muito para a economia local. E o foco que vamos trabalhar aqui é a questão de cursos de engenharia voltados para a inovação tecnológica. ”

    O BICT terá como fio condutor a formação para a ciência e a tecnologia relacionadas com o agronegócio e com o arranjo produtivo agropecuário. Num segundo momento, quando seguirem estudos para formação de pesquisadores o bacharelado poderá ingressar em programas de mestrado ou doutorado. Todos os ingressantes das engenharias terão como formação inicial o BICT. Concluída essa etapa, poderão optar por um dos três cursos ofertados no campus. A previsão é que cada curso de engenharia conte com 60 vagas anuais, totalizando 180 vagas anuais na graduação. Posteriormente, o campus pretende oferecer também um programa de mestrado profissional em tecnologias para a agroindústria.

    Realização – “A vinda de uma universidade federal é um anseio antigo para a população de Paraíso que começa a se tornar realidade”, destacou o prefeito de São Sebastião do Paraíso, Walker Américo de Oliveira. “Nosso município tem um povo guerreiro, honesto, trabalhador e que merece esse belo presente.

    A UFLA é umas das melhores universidades da América Latina, e agora estamos caminhando ao futuro de grandes oportunidades”. Presente ao evento, o deputado federal Carlos Melles (DEM/MG), um dos idealizadores do projeto do campus, destacou: “A UFLA é reconhecida nacionalmente e internacionalmente como uma universidade de vanguarda. Paraíso ganhará um corpo técnico qualificado, que não tem preço, e nos ajudará em muitas áreas”.

    Infraestrutura – O projeto prevê que o campus seja implantado em uma área de 150 mil m², no bairro de Jardim Mediterranée. O espaço já possui ampla infraestrutura de urbanização, o que ajuda na agilização das obras. A área, que pertencia ao Serviço Social do Comércio (Sesc), está sendo cedida para a prefeitura doar à universidade, recebendo em troca as instalações da praça de Esportes Castelo Branco, em uma transação já autorizada pela Câmara.

    UFLA – A UFLA é uma das mais destacadas instituições de ensino superior do Brasil. Obteve a nota máxima, 5, tanto no processo de credenciamento institucional quanto na avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • “A ciência da agricultura tropical que dá origem à Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] nasce no Brasil, em universidades como a Federal de Lavras”. O destaque é do secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, dado nesta quinta-feira, 4, durante a solenidade no MEC de recondução do professor José Roberto Soares Scolforo no cargo de reitor.

    A Ufla também tem sido exemplo no processo de cotas implementado pelo governo federal há mais de uma década. Atualmente, a diferença do cotista para o não cotista na universidade do sul mineiro é de 0,1. “Praticamente nenhuma diferença. Um acesso que atingiu uma camada que não tinha capacidade de sonhar com o ingresso em uma universidade pública”, ressaltou o reitor. Scolforo destacou ainda que a evasão dos cotistas é inferior à metade dos não cotistas. “Isso significa que a oportunidade que lhes foi dada está sendo agarrada com dedicação”, disse.

    Doutor em engenharia florestal, José Roberto Scolforo tem uma trajetória de mais de três décadas na Ufla. Nos últimos 13 anos, viu a universidade passar de pequeno para médio porte. No início de 2003, eram 4.079 alunos. Atualmente, são 13,5 mil, incluindo os matriculados em cinco cursos de graduação a distância. Nesse período, saiu de 7 para 30 cursos de graduação presenciais e de 16 para 56 de pós-graduação.

    Dentre os projetos de destaque da Universidade Federal de Lavras está a construção de um parque para abrigar empresas de inovação tecnológica que vão trabalhar de forma integrada com a universidade. “A expectativa é que o empreendimento esteja pronto até dezembro deste ano”, disse o reitor. Com o apoio do MEC, a Ufla montou uma agência de inovação na área do café.

    Segundo Scolforo, a região do Sul de Minas é responsável por 25% do café produzido no Brasil. “Estar à frente das pesquisas na área proporciona irradiar conhecimento para outras instituições brasileiras que trabalham com a bebida mais tradicional do país”, afirmou.

    Scolforo foi eleito reitor para mais quatro anos de gestão da Ufla, com a vice-reitora Édila Vilela de Resende Von Pinho.

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     

Fim do conteúdo da página