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  • O estudante Flávio Henrique de Vasconcelos Alves, aluno do oitavo período do curso de engenharia de controle e automação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), fará estágio de dois meses no National Space Biomedical Research Institute, dos Estados Unidos. Ele embarca neste sábado, 19.

    O instituto, ligado à Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa) dos EUA, é o órgão responsável pela saúde dos astronautas. O estágio será feito na área de análise de sinais e desenvolvimento de ferramentas computacionais aplicadas à engenharia biomédica.

    Flávio vai estudar alterações cardiovasculares no espaço e auxiliar em cálculos de limites de tempo para missões sem gravidade. “Vou, sobretudo, aprender metodologias”, diz o estudante, que atribui a oportunidade aos professores da UFMG. “Eles são muito exigentes em relação à teoria de sinais e incentivam os alunos a pensar em situações práticas, como aquela na qual vou trabalhar.”

    Assessoria de Imprensa da UFMG
  • Estudantes, pesquisadores e professores de educação física, engenharia elétrica, saúde humana e automação industrial participaram do desenvolvimento do Polar Dispendium (Foto: Divulgação)

    Itabirito (MG), 12/2/2019 – Graças ao empenho de alunos e professores de Itabirito (MG), cientistas e militares da Marinha do Brasil terão uma nova ferramenta para calcular o gasto de calorias em expedições antárticas. Trata-se do aplicativo Polar Dispendium, desenvolvido como projeto de pesquisa em que estudantes, do ensino médio-técnico e de engenharia elétrica, foram protagonistas.

    O lançamento do aplicativo é fruto de um trabalho multidisciplinar realizado no Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) – campus avançado Itabirito – e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O projeto contou com participação e apoio de estudantes, pesquisadores e professores das áreas de educação física, engenharia elétrica, saúde humana e automação industrial.

    O Polar Dispendium será utilizado nas operações antárticas e permitirá o cálculo do gasto calórico diário a partir da escolha de mais de 600 tipos de atividades pelo usuário. Segundo o professor de educação física Alexandre Sérvulo, coordenador do projeto, o balanço energético diário, ou seja, a diferença entre a ingestão e o gasto calóricos, é um importante indicador para a manutenção do peso corporal dos indivíduos e, consequentemente, para promoção da saúde. “O desenvolvimento de um aplicativo móvel que quantifica o dispêndio energético pode auxiliar no fornecimento desse indicador e na compreensão do metabolismo na Antártica”, explica o professor.  

    Andrei Oliveira, professor de engenharia elétrica e também coordenador do projeto, enfatiza a importância da multidisciplinaridade envolvida nesse trabalho. “Nestes dias atuais não estamos apenas cercados de tecnologia, estamos completamente submersos e intrinsecamente dependentes dela”, destaca Andrei. “Nossos alunos serão, em breve, os novos atores neste mundo tecnologicamente interligado e precisamos desenvolvê-los para não apenas lidar com a tecnologia, mas de forma que saibam criar e aplicar novas ferramentas em qualquer área de conhecimento que forem atuar.”

    Experiência – A estudante Letícia Pedroso, do segundo ano do ensino médio, relatou o quão gratificante foi participar do projeto. “Cada etapa concluída durante o processo de desenvolvimento do aplicativo fez com que eu adquirisse uma grande bagagem para a minha formação. Além disso, a experiência me deu certeza sobre minha futura área de trabalho”, aponta a aluna.

    Prática – O Polar Dispendium será utilizado já nos próximos meses na Operação Antártica brasileira por pesquisadores do Mediantar, projeto do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, que estuda a adaptação do ser humano às condições extremas de sobrevivência experimentadas na Antártica.

    "Anualmente, pesquisadores e militares deslocam-se para a Antártica e enfrentam, nos navios de pesquisas polares, na Estação Antártica Comandante Ferraz e nos acampamentos antárticos, ambientes isolados, confinados e extremos (denominados ICE)”, explica a subcoordenadora do Medianta, Michele Moraes. “A exposição a esses ambientes, onde se encontra baixa sensação térmica,  condições de luz específicas dos polos (24h de luz no verão e 24h de escuro no inverno), esforço físico em campo,  elevada incidência de raios UVA (um dos tipos de radiação ultravioleta) e confinamento, resulta em alterações das respostas fisiológicas e funcionais.”

    Ainda segundo Michele Moraes, é possível que a quantidade de atividade física diária seja influenciada pelos ambientes ICE. “O aplicativo pode ser capaz de modular algumas das respostas associadas a esses ambientes e funcionar como uma ferramenta importante para podermos caracterizar e compreender a rotina dos indivíduos nos ambientes ICE. E isso poderá nos auxiliar no desenvolvimento de estratégias que promovam a saúde na Antártica.”

    Começo – Os pesquisadores e militares que habitam temporariamente a Antártica são submetidos a condições ambientais remotas, por isso é necessário o constante desenvolvimento de estratégias que promovam a saúde na Antártica. O objetivo do grupo de estudantes e professores do IFMG de Itabirito é continuar o desenvolvimento de novas tecnologias.

    O próximo passo será a adaptação e desenvolvimento de um aplicativo semelhante ao Polar Dispendium, mas desta vez para a população em geral. Além disso, o grupo pensa em desenvolver roupas com microssensores para realização de medidas fisiológicas.

    O Polar Dispendium está disponível para Android e pode ser baixado gratuitamente no Google Play Store. “Mais de 90% dos telefones celulares usam o sistema Android, dessa forma, o aplicativo pode atingir um público muito maior, além da maior facilidade para o seu desenvolvimento”, explica o estudante de engenharia elétrica Leonardo Prado, principal programador do aplicativo.

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    Assessoria de Comunicação Social

  • Projeto liga sistemas de computação a exames para identificar risco de morte dos pacientes


    Com uso de inteligência artificial, um grupo de pesquisadores, composto por cardiologistas do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) — vinculado à Rede Ebserh —, engenheiros, cientistas da computação e estatísticos, realizou uma pesquisa para desenvolvimento de ferramentas inteligentes que reconheçam automaticamente possíveis alterações em exames de eletrocardiograma.

    A pesquisa tem foco em ferramentas que identificam alterações no exame de eletrocardiograma de 12 derivações e na avaliação de quais problemas essas alterações podem causar à saúde do coração dos pacientes. Trata-se de redes neurais, sistemas de computação interconectados que buscam simular os neurônios do cérebro humano. Essas redes têm se mostrado capazes de reconhecer padrões, agrupá-los e classificá-los.

    O grupo organizou a base de dados de 2,4 milhões de eletrocardiogramas digitais do Centro de Telessaúde do hospital universitário vinculado à Ebserh, construída entre 2010 e 2017. Na sequência, fez a ligação desta base de exames com a base de mortalidade de Minas Gerais (Sistema de Informações de Mortalidade), de modo a permitir o reconhecimento de padrões que se associam ao risco de morte.

    Os pesquisadores treinaram os sistemas de computação para classificarem automaticamente o eletrocardiograma quanto a presença de seis alterações cardíacas: bloqueio de ramo direito, bloqueio de ramo esquerdo, bloqueio atrioventricular de primeiro grau, fibrilação atrial, taquicardia sinusal e bradicardia sinusal. 

    De acordo com o estudo, o modelo teve índices com alta performance no conjunto de dados de validação, que foi comparada à de médicos residentes e estudantes, e foi tão bom quanto a avaliação humana. Por isso, o método desenvolvido pode ser considerado uma alternativa aos métodos clássicos de classificação automática e pode ser implementado nos sistemas de telessaúde já em uso, resultando em economia de tempo de clínicos especialistas e prevenindo diagnósticos errados. 

    Publicação – Intitulado Projeto CODE (Clinical Outcomes in Digital Electrocardiology), o estudo foi publicado no início do mês no conceituado periódico “Nature Communication”, um dos mais importantes do mundo. 

    Ebserh – O HC-UFMG integra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da UFMG

  • Prédio da nova etapa da Escola de Engenharia da UFMG, campus Pampulha. (Foto: Foca Lisboa)A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inaugura ainda na manhã desta sexta-feira, dia 26, mais uma etapa da escola de engenharia, no campus da Pampulha. Serão entregues à comunidade um novo bloco, um laboratório e centros de experimentação. A inauguração conta com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad.


    A conclusão parcial das obras do chamado quarteirão seis permitirá a transferência para o campus da Pampulha de todas as atividades dos cursos de engenharia metalúrgica, engenharia de minas e engenharia química, bem como do departamento de engenharia sanitária e ambiental do curso de engenharia civil. Agora, serão iniciadas as obras do quarteirão dez, o último do complexo de laboratórios. A Escola de Engenharia da UFMG tem cerca de quatro mil alunos de graduação e aproximadamente dois mil de pós-graduação.


    Ainda nesta sexta-feira, serão inauguradas, em Uberaba, as instalações da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). O ministro participa da solenidade, às 16h. A obra, iniciada em junho de 2007, faz parte do programa de expansão das universidades federais e teve investimento de R$ 8,8 milhões.


    O campus contará com 47 salas de aula, equipadas com projetor multimídia e computadores portáteis, 23 laboratórios, 12 salas de apoio e quatro para a administração. O prédio terá salas para professores e coordenadores de curso.


    A área construída, de 14 mil metros quadrados, tem capacidade para abrigar 2,5 mil alunos. O prédio também atende normas de acessibilidade, com rampas, elevadores e sanitários para as pessoas com deficiência.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Iniciativa monitora pessoas que se enquadram no grupo de risco do coronavírus

    Para atender à recomendação de isolamento social dos grupos de risco do coronavírus, o projeto Reabilitação Pulmonar, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está atendendo pacientes com doenças pulmonares crônicas por chamadas de vídeo e ligações telefônicas. As enfermidades não têm cura e causam persistente redução de fluxo de ar. Caso o tratamento seja interrompido, essas doenças podem levar a infecções incapacitantes, o que pode comprometer seriamente a qualidade de vida dos pacientes.

    Originalmente presencial e em grupo, o projeto teve o modelo de atendimento repensado por conta da pandemia. “Nós temos ferramentas [tecnológicas] que podem ser utilizadas para continuarmos controlando os sintomas desses pacientes em casa, evitando que eles procurem o sistema de saúde sem necessidade”, explicou a coordenadora do projeto e doutora em Ciências da Reabilitação pela UFMG, Liliane Mendes.

    Por meio de chamadas de vídeo e ligações, estudantes de graduação e de pós-graduação em fisioterapia monitoram semanalmente os 54 pacientes atendidos atualmente e indicam exercícios que devem ser realizados.

    “Os pacientes com doença pulmonar começam a ter limitação na sua atividade diária, e isso compromete a qualidade de vida e a independência. São indivíduos que têm de ser estimulados a fazer atividades e ganhar condicionamento físico para se manterem ativos”, afirmou o professor do departamento de fisioterapia da universidade e criador do projeto, Marcelo Velloso.

    A iniciativa reforça aos pacientes todos os cuidados de isolamento social e higienização do Ministério da Saúde e realiza uma triagem para identificar possíveis casos de coronavírus, já que os quadros de doenças respiratórias podem se confundir com os sintomas causados pelo vírus.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da UFMG

  • Experiências com a culinária são usadas por professores para explicar mais facilmente conceitos de microbiologia, bioquímica e até conteúdos de física (foto: arquivo UFMG)A receita do nosso pão de todo dia pode fazer milagres na sala de aula. Ao amassar os ingredientes com as mãos, estudantes compreendem que reações químicas e biológicas ocorrem no nosso cotidiano e podem ser apaixonantes. Juntar o microscópio e o fogão para oficinas de ciências na culinária é uma ideia da bióloga e professora de genética Adlane Vilas-Boas, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB–UFMG).

    “Como eu gosto de fazer comidas simples e saborosas, e a cozinha aproxima as pessoas ao redor da mesa, quis popularizar a ciência pela culinária”, explica Adlane, que tem mestrado em genética e biologia molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutorado em genética pela University of British Columbia. Ao fazer o pão na cozinha da escola, segundo ela, o professor pode explicar mais facilmente conceitos de microbiologia, bioquímica e até conteúdos de física.

    “É preciso aproveitar a curiosidade dos alunos ao redor de algo que todos gostam”, ensina. Da mistura dos ingredientes ao pão assado, o aluno vê diante dele várias etapas de conhecimento científico — pode visualizar no microscópio as proteínas da farinha de trigo, que no movimento de sovar a massa passam por reações necessárias à formação do glúten.

    E que substância é essa? É uma proteína responsável pela elasticidade da massa produzida com farinha de trigo. A professora Adlane dá a dica de lavar vagarosamente a massa do pão em água corrente. “O amido vai embora e sobra o glúten, que é uma substância emborrachada”, conta.

    Na biologia, o professor pode explorar o sistema nervoso, como funciona a química dos receptores para o gosto e o olfato. Sabe o cheirinho bom de bolo assado ou bife acebolado? Pois então, é um exemplo de química que os alunos desconhecem. “Em altas temperaturas, a mistura de proteínas e carboidratos resulta em moléculas voláteis, que vão para o ar e instigam o nosso olfato”, explica Adlane.

    Esse é o conceito da reação química de Maillard [Louis Camille Maillard, médico e químico francês (1878-1936)]. “Muitas pesquisas vêm sendo feitas atualmente tentando produzir sinteticamente a substância, que é produzida em altíssimas temperaturas e dá o gostinho bom do alimento”, ressalta a bióloga. Pela reação de Maillard, obtêm-se moléculas voláteis, que dão sabor, odor e cor aos alimentos, como, o dourado dos alimentos assados ou do bife frito.

    Experimentação — Professor de química do Colégio Técnico da UFMG, Alfredo Luís Martins Lameirão Mateus diz que a culinária pode ser usada como atividade prática para experimentação e explorações. Se bem usada, segundo ele, pode levar o aluno a entender melhor como funciona a ciência, e ver a química como algo ao seu alcance, que acontece o tempo todo ao seu redor.

    Como em química estudam-se os materiais e sua transformação, Mateus explica que para cozinhar é preciso conhecer as propriedades dos alimentos e controlar sua transformação até o ponto certo. “As coisas que acontecem no dia a dia são mais familiares, os materiais são em geral baratos e fáceis de conseguir, os experimentos são mais seguros — alguns são até comestíveis — e as pessoas em geral têm curiosidade sobre o assunto”, comenta.

    Quais, por exemplo, os fatores que afetam a velocidade de uma reação? O professor explica que é possível listar os fatores e pedir aos alunos que os memorizem ou criar situações em que eles mesmos explorem as reações e cheguem a conclusões. “Então, pode-se comparar o tempo de cozimento em diferentes temperaturas, com o alimento em pedaços grandes ou pequenos, fazer experimentos que lidem com a conservação dos alimentos e saber por que usamos a geladeira”, exemplifica Mateus, que tem mestrado em química pela Universidade de São Paulo (USP-SP) e doutorado pela Universidade da Flórida.

    “O mundo da cozinha é um universo muito rico para a ciência”, comenta a professora Adlane. A culinária está nas salas de aula também das universidades, em laboratórios onde se trabalham as ciências e as relações culturais. No microscópio, é possível ver o que ocorre no processo de levedura, a multiplicação celular. “É interessante observar o grão de amido, no início em grande quantidade, ir sumindo do microscópio à medida que o pão cresce porque o amido é transformado em açúcar, álcool e gás carbônico, que são aquelas pequenas bolhas.”

    O ciclo de aprendizagem na cozinha pode incluir ainda o sistema digestório e as reações químicas dos alimentos no organismo. “Boa parte dos alunos tem muita curiosidade pela ciência”, afirma o professor Mateus. “Em uma situação mais informal, sem ter de memorizar fórmulas e realizar cálculos repetitivos, eles demonstram bastante interesse pelo assunto.”

    De acordo com o professor, basta ver o sucesso dos inúmeros vídeos sobre experimentos no YouTube. “A questão envolve tornar as aulas mais contextualizadas e tornar o aluno responsável pelo seu aprendizado, mais engajado na aula”, salienta. Segundo ele, as aulas em que os alunos ficam passivos, só ouvindo o professor falar, têm tudo para dar errado.

    No Portal do Professor do Ministério da Educação há conteúdos de ciência na culinária que podem ser aplicados em sala de aula. “A culinária é algo que permite trabalhar os conceitos a partir dos fenômenos, usar experimentos de forma mais investigativa e que engajem os alunos”, acrescenta Mateus.

    Rovênia Amorim

    Saiba mais no Jornal do Professor e nas páginas do ICB–UFMG e do Colégio Técnico da UFMG
  • Produtos essenciais no combate à pandemia do novo coronavírus serão doados a hospitais

    Para ajudar nas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus, a Faculdade de Farmácia e a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vão produzir álcool em gel, álcool glicerinado 70% e álcool 80%. A iniciativa foi viabilizada com repasse do Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu), no valor de R$ 21,5 milhões.

    Para ter acesso à verba, a universidade apresentou um projeto com detalhes da iniciativa à pasta. A proposta prevê a aquisição de equipamentos e de insumos para a produção de álcool em gel e álcool glicerinado. Os itens serão doados ao hospital das Clínicas (HC) e ao Risoleta Tolentino Neves (HRTN), ambos localizados em Belo Horizonte, e também serão utilizados para limpeza da instituição de ensino.

    Por meio de uma parceria com uma distribuidora, a universidade vai receber três mil litros de álcool puro para começar a produção. O volume será suficiente para produzir cerca de 800 litros de álcool em gel, dois mil litros de álcool glicerinado 70% e mil litros de álcool 80%. “No entanto, nossa produção deverá ser maior. Quando necessário, pretendemos adquirir mais álcool no mercado ou solicitar à BR mais uma remessa”, explica a diretora da Faculdade de Farmácia, Leiliane André

    A iniciativa conta com a participação de professores e técnicos com expertise na área de tecnologia farmacêutica, o que irá contribuir com a produção dos materiais de limpeza. “É nosso papel atuar nessa frente de apoio aos hospitais universitários e todos aqueles que necessitam de proteção neste momento”, analisou Leilane.

    A produção do álcool em gel e álcool glicerinado 70% será de responsabilidade do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Farmacêutica (CPDI-FAR), que tem tecnologia para a formulação e a fabricação. Já o processamento do álcool 80% ficará por conta do Laboratório de Análises Toxicológicas (Lato).

    Investimento – A UFMG é uma das instituições beneficiadas com repasse do MEC para o enfrentamento da pandemia. A determinação foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 2 de abril por meio da Medida Provisória nº 942. O investimento total do ministério será de R$ 339,4 milhões, divididos entre universidades e institutos federais.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da UFMG

  • A seleção para os cursos de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) será feita, a partir de 2014, exclusivamente pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. A decisão foi oficializada nesta terça-feira, 19, pelo Conselho Universitário da UFMG, por 40 votos a favor, dois contra e duas abstenções.

    Segundo o reitor da UFMG, Clélio Campolina, o vestibular será substituído integralmente pela prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que desde 2011 é utilizada como a primeira etapa do vestibular. “A gente vem acompanhando as provas do Enem e verificando a compatibilidade entre o nosso vestibular e o Enem. Foi uma decisão amadurecida”, salientou Campolina. “A seleção pelo Enem é bastante democrática”, completou.

    Há cerca de três anos, a universidade vem fazendo estudos para realizar a mudança. “Todos os países desenvolvidos têm uma prova nacional de avaliação do ensino médio. O vestibular isolado era uma coisa que precisava ser superada”, pontuou o reitor.

    Cursos como música, dança e teatro terão edital específico. Os alunos farão o Enem e depois uma prova de habilidades.

    A seleção da UFMG oferece 6.670 vagas de graduação por ano. Atualmente, são 52 mil estudantes matriculados na instituição, sendo 32 mil na graduação, 8,5 mil no mestrado e doutorado, cerca de 7 mil nos cursos de especialização, além de alunos da educação indígena e do campo.

    Evolução– Desde que foi criado, em 2010, com o objetivo de selecionar estudantes para instituições públicas de educação superior com base no desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu tem registrado números expressivos. No primeiro semestre de 2010, foram 51 instituições participantes, enquanto no segundo semestre foram 35. Em 2011, 83 instituições participaram no primeiro semestre e 48 no segundo.

    Ano a ano, mais instituições foram aderindo. Em 2012, 95 instituições participaram no primeiro semestre e 56 no segundo semestre. E a primeira seleção de 2013 do Sisu registrou a participação de 101 instituições.

    Cotas– Segundo Campolina, o sistema de cotas não sofrerá alteração com o fim do vestibular. “A UFMG adota a Lei das Cotas na íntegra. Em 2013, 12,5% das vagas foram reservadas para as cotas. No próximo ano, serão 25% e por fim, 50%”, garantiu. A seleção de 2013, que ofereceu 6.670 vagas de graduação, reservou 12,5% das vagas para alunos oriundos de escolas públicas, com recorte de renda e racial.

    Acesse a Lei das Cotas

    Paula Filizola
  • A Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), promove, de 13 a 15 de setembro, o 1º Congresso Mineiro de Educação Especial e Inclusão Escolar. O objetivo é aprofundar a reflexão sobre processos educativos e práticas pedagógicas que contribuem para tornar a escola uma instituição acessível a crianças e jovens com deficiência e necessidades educacionais especiais.

    Pesquisadores, professores, profissionais da área de educação, comunidade acadêmica e demais interessados, podem participar do debate. Um dos temas previstos é a inclusão escolar desses alunos especiais, com deficiências como o autismo e as altas habilidades (superdotação), nos diferentes níveis e modalidades de ensino, por meio do diálogo e articulação com projetos de professores, técnicos e estudantes, nos diversos campos de conhecimento.

    “Minas Gerais ainda é um estado carente nesse tipo de discussões. Assim, eventos desse tipo são importantes para se debater pesquisas que promovam a acessibilidade e inclusão escolar, além de divulgar estudos que desenvolvam novas ferramentas e metodologias de ensino voltadas para as pessoas com deficiência e necessidades educacionais especiais”, explica a professora Regina Célia Passos Ribeiro de Campos, coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais (Geine) da UFMG. Ela é uma das organizadoras do congresso. “É importante reforçar que todas as pessoas que participarem do congresso receberão um certificado da UFMG”, observa ela.

    O Geine oferece 250 vagas e os interessados podem se inscrever até 8 de setembro, na página eletrônica do grupo. Nesse endereço também é possível acompanhar toda a programação do congresso. As oficinas serão realizadas no Auditório Neidson Rodrigues, na Faculdade de Educação da UFMG.

    Pessoas com necessidades especiais devem informar, previamente, qual tipo de apoio necessitam. Já os candidatos interessados em submeter o seu trabalho precisam enviar o resumo da obra até 1º de setembro por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Acesse a página eletrônica do Geine

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Belo Horizonte — Um carro autônomo, desenvolvido por alunos e professores da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi apresentado na quinta-feira, 17, em Belo Horizonte. Com tecnologia inédita, que dispensa motorista — é controlado apenas por um joystick, como em videogames —, o carro desempenhou todas as funções de um automóvel comum.


    Durante a demonstração, ações básicas, como acelerar, frear e virar o volante, foram executadas por softwares de automação também desenvolvidos pela UFMG. Criado pelo grupo de pesquisa em desenvolvimento de veículos autônomos, vinculado à Escola de Engenharia, o carro locomove-se a partir de comandos acionados por computador. Basta o motorista programar a rota desejada, com base no sistema de posicionamento global (GPS), e aguardar a execução do comando. Outra novidade é a instalação de câmera, na parte superior do automóvel, capaz de substituir a visão humana.


    O professor Guilherme Augusto Silva Pereira, do Departamento de Engenharia Elétrica e coordenador do projeto, explica que a câmera detecta buracos, quebra-molas e outros obstáculos das pistas. O veículo consegue, ainda, programar soluções, como desviar, frear ou mudar a rota inicial.


    Para os pesquisadores, muito além de um modelo inovador, o projeto pretende atender pessoas com deficiência. Apesar de o automóvel ainda estar em fase de desenvolvimento, Pereira confia no aprimoramento das câmeras que simulam os olhos. “O veículo autônomo será capaz de fazer com que uma pessoa cega possa dirigir”, prevê.

    Assessoria de Imprensa da UFMG

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