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  • A Universidade Federal de Rondônia (Unir) tem reserva de 60 vagas de graduação destinadas a candidatos indígenas. A instituição também promove vestibular exclusivo, com vagas para o curso de licenciatura em educação básica intercultural.

    O interesse das comunidades indígenas vai além do curso de licenciatura proposto. É o caso da estudante de veterinária Gisele de Oliveira, 27 anos, do povo puruborá. Formada em licenciatura em educação básica intercultural, ela faz o segundo curso superior. “Aprendi muito a valorizar ainda mais minha cultura”, diz. “Eu já conhecia muita coisa, mas não sabia o porquê.” Ao longo da formação, Gisele lecionou a crianças da aldeia, a 32 quilômetros da cidade de Seringueiras, em Rondônia.

    Hoje, a Unir conta com 85 alunos indígenas matriculados. “É uma experiência duplamente rica, um processo no qual as pessoas estão construindo conhecimento, ensinando e, ao mesmo tempo, aprendendo”, afirma o coordenador da licenciatura em educação básica intercultural da instituição, José Joaci Barbosa. “No caso das comunidades indígenas, como aqui em Rondônia, trabalhamos com diversas línguas; o processo é muito mais rico e desafiador.”

    Para ter acesso aos demais cursos, a população indígena tem a opção de concorrer ao vestibular normal e tentar o benefício da Lei de Cotas [Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012].

    Resgatar a identidade, valorizar a cultura e transformar os territórios indígenas em regiões sustentáveis são os objetivos do Ministério da Educação ao apoiar iniciativas de inclusão indígena nas universidades. Além do sistema de reserva de vagas e da Lei de Cotas, foi criado o programa de Bolsa-Permanência, que oferece auxílio financeiro a estudantes indígenas e quilombolas matriculados em universidades federais. Desde 2013, mais de três mil alunos foram atendidos pelo programa.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Haddad (C) deu posse nesta quinta-feira, 17, a Jaime Giolo (E), reitor da UFFS, e reconduziu José Januário Amaral na Unir (foto: Fabiana Carvalho)O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 17, que o país vive uma mudança social profunda, que resulta em grande parte da decisão do governo federal de expandir a educação superior pública para médios e pequenos municípios. “Está claro que o ingresso de um milhão de estudantes na graduação e na pós-graduação, registrado no censo de 2009, faz diferença”.

    A implantação de campi universitários em 126 cidades nos últimos oito anos e o aumento das vagas de ingresso foram destacados pelo ministro durante a posse dos reitores das universidades federais da Fronteira Sul (UFFS), Jaime Giolo, que assume mandato pro tempore, e de Rondônia (Unir), José Januário de Oliveira Amaral, reconduzido ao cargo por mais quatro anos.

    No caso da UFFS, Haddad lembrou a vocação social e de integração regional da instituição. De acordo com o ministro, o ingresso de 95% de estudantes oriundos de escolas públicas — 91% deles de famílias com renda mensal de até seis salários mínimos — mostra o acerto da expansão para o interior.

    A Unir é considerada pelo ministro uma instituição imprescindível no desenvolvimento do norte do país, especialmente nos campos da sustentabilidade e do desenvolvimento econômico e social. Ele destacou que a formação de mestres e doutores para atuar na região é uma das tarefas da universidade.

    Desafios— Reitor de uma instituição com menos de dois anos de atividade, Jaime Giolo tem entre os desafios construir a infraestrutura física da sede e dos quatro campi, que hoje funcionam em prédios alugados ou cedidos. Em Chapecó (SC), sede da instituição, já foram iniciadas as obras de quatro prédios de laboratórios e de dois para salas de aula. Outras licitações estão em andamento para obras nos campi.

    Outra tarefa do reitor é implantar programas de pós-graduação para que a instituição tenha de fato o status de universidade. Sete grupos de professores trabalham na elaboração de projetos a serem apresentados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do MEC. O objetivo é oferecer três cursos de mestrado e um de doutorado no início de 2013 e quatro de mestrado e dois de doutorado em 2016.

    A integração da UFFS com as instituições de educação superior brasileiras de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e de países limítrofes, como Argentina, Uruguai e Paraguai, também está na ordem do dia. A aproximação, segundo Giolo, visa a obter ganhos culturais, científicos e tecnológicos, como a expansão do ensino da língua portuguesa nos países vizinhos e do espanhol no Brasil; a troca de experiências sobre produção de vinhos e de triticale, com a Argentina, e de laticínios, com o Uruguai.

    Natural do município de Vila Maria (RS), Giolo é mestre em história e filosofia da educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, doutor em história e filosofia da educação pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor em educação superior brasileira pela Universidade de Campinas (Unicamp).

    Unir— Criada em julho de 1982, após a transformação do território de Rondônia em estado, a Unir tem sede em Porto Velho e campi em Ariquemes, Cacoal, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena. A instituição oferece 52 cursos de graduação, nove de mestrado e um de doutorado em biologia experimental. Até a criação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), em dezembro de 2008, a Unir era a única instituição pública de educação superior do estado.

    Natural de Cruzeiro do Sul (AC), o reitor José Januário de Oliveira Amaral é graduado em geografia pela própria Unir e mestre e doutor em geografia pela USP. Chegou ao cargo em 2007. Na universidade, foi professor, diretor de pós-graduação, pró-reitor de planejamento e vice-reitor (2002-2006).

    Ionice Lorenzoni
  • O professor José Januário de Oliveira Amaral apresentou ao ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília, a renúncia ao cargo de reitor da Universidade Federal de Rondônia (Unir). O pedido será encaminhado ao Palácio do Planalto, uma vez que o cargo é de provimento da Presidência da República. A exoneração deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficialda União.

    Januário Amaral tomou a decisão de renunciar ao constatar a falta de condições para conduzir a universidade, em razão da série de denúncias de malversação e desvio de recursos que envolvem a Fundação Rio Madeira (Riomar), que serve de apoio à Unir. Em 24 de outubro último, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação constituiu comissão de auditores, integrada por representantes do próprio MEC e da Controladoria-Geral da União (CGU), para fazer levantamento da situação e auditar as contas, tanto da Riomar quanto da Unir.

    O ministro Fernando Haddad indicou uma outra comissão para avaliar as condições de funcionamento da universidade. Segundo denúncias de estudantes e professores, tais condições são as piores possíveis.

    Haddad determinou ainda à Sesu o acompanhamento do processo de substituição de Januário Amaral. Na próxima semana, o reitor formalizará a renúncia ao Conselho Universitário da Unir.

    Mesmo com a decisão do reitor, a comissão de auditores do MEC e da CGU deve entregar o relatório da situação da universidade nos próximos dias. O prazo oficial expiraria nesta quinta-feira, 24, mas a comissão pediu mais dez dias para a conclusão.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O campus de Ji-Paraná da Universidade Federal de Rondônia (Unir) promoveu na segunda-feira, dia 23, a aula inaugural do curso de licenciatura em educação básica intercultural. Iniciativa inédita em Rondônia, o curso, com 50 vagas, começa a formar professores indígenas para lecionar em escolas de ensino fundamental e médio das áreas indígenas de Rondônia, sul da Amazônia e noroeste de Mato Grosso.


    De acordo com a professora Josélia Gomes Neves, que participa da implantação do curso, a licenciatura ajuda a viabilizar o direito à educação e o respeito às culturas tradicionais. Josélia destaca que a formação favorece a permanência de professores e estudantes indígenas nas comunidades, em um processo permanente de revalorização da terra indígena. “Há muito tempo os povos anseiam por programas educacionais específicos e diferenciados, que atendam suas necessidades nas áreas de subsistência, saúde e educação”, afirma.


    Rondônia abriga 54 sociedades indígenas, o que confere ao estado as características pluricultural e multilinguística. As etnias estão concentradas em 19 terras indígenas, que englobam 20,15% da área do estado.


    Ministrado pela professora Francisca Paresi, da equipe de educação escolar indígena da Secretaria de Educação de Mato Grosso, o curso conta com o apoio do Núcleo de Educação Escolar Indígena de Rondônia (Neiro), da Organização dos Professores Indígenas de Rondônia e Noroeste de Mato Grosso (Opiron) e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

    Assessoria de Imprensa da Sesu

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