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  • A constatação de que a escola, de fundamental importância na vida das pessoas, tem sido palco de bullying, levou a professora Cristina Pires Dias Lins, de Dourados, Mato Grosso do Sul, a criar projeto para auxiliar no combate a essa prática. O bullying (intimidação, numa tradução livre do inglês) é o comportamento agressivo e antissocial de estudantes, sem motivação evidente, em uma relação desigual de forças.

    O projeto Unidos no Combate à Prática do Bullying – Jornal, Literatura, Comunidade e Cidadania, uma Grande Parceria, desenvolvido em 2008 e 2009, foi um dos vencedores da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil. Ele atingiu, inicialmente, os alunos do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Neil Fioravanti. Depois, integrou toda a escola, as famílias dos estudantes e a comunidade.

    “Sempre fui consciente de que a educação é papel de todos. Não se pode pensar no envolvimento dos pais apenas nos momentos de reuniões para apresentação de resultados bimestrais”, salienta Cristina. “É necessário integrá-los no início, meio e fim do caminhar pedagógico.”

    O primeiro passo foi apresentar o projeto aos pais e à equipe pedagógica para esclarecer o objetivo do trabalho e ressaltar a importância da colaboração de todos para o êxito da iniciativa. Alunos e familiares estiveram reunidos na confecção de cartazes contra a violência, colados por toda a escola. As famílias também participaram da elaboração da pauta de reivindicações contra a violência, encaminhada aos responsáveis pelo projeto político-pedagógico e à Secretaria Municipal de Educação de Dourados. A proposta é articular o projeto com as demais escolas da rede oficial do município.

    Na execução do projeto, os diferentes conteúdos tiveram tratamento interdisciplinar. Na área de língua portuguesa, por exemplo, foram explorados textos conhecidos da literatura infantil, como O Patinho Feio e A Cigarra e a Formiga, e notícias de jornal para confrontar a ficção e a realidade no que se refere ao relacionamento humano. Os alunos reescreveram as histórias e encenaram uma peça de teatro, A Cigarra Cantora e a Formiga Solidária. Em ciências, por meio do estudo do corpo humano, houve a valorização das características físicas de cada um e o respeito à diversidade.

    De acordo com Cristina, a leitura e as demais atividades desenvolvidas em parceria forneceram suporte para passar da reflexão à ação. Assim, aos poucos, foram revistos conceitos que provocaram mudanças positivas nas atitudes. As brigas, que eram constantes, diminuíram. “Quando ocorrem, os próprios alunos causadores repensam automaticamente, reveem as atitudes e se autopoliciam”, analisa a professora.

    Outro efeito positivo foi o aumento na interatividade da turma, que se tornou mais solidária.

    Jornal — Para registrar e divulgar o que aprendeu sobre o combate ao bullying, a turma criou o Jornal da Cidadania, distribuído às famílias e à comunidade. “Procuramos conscientizar os leitores da importância da justiça, da ética e da colaboração para uma boa convivência”, afirma a professora. “Também integramos mensagens reflexivas ligadas à paz, ao respeito e a valorização da diversidade.”

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor

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  • São Paulo — Uma ampla pesquisa em todas as redes escolares do país, com avaliações de aspectos relacionados à violência, desde o consumo de drogas até o bullying eletrônico, é o propósito de termo de convênio que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, firmou na tarde desta quinta-feira, 20, com o Conselho Federal de Psicologia (CFP). A solenidade de assinatura ocorreu na abertura da 2ª Mostra de Práticas Psicológicas, que se realiza no Parque do Anhembi, em São Paulo.

    A iniciativa, segundo o ministro, envolve ainda oito universidades federais e todo o movimento social ligado ao tema. “Queremos ter as informações para formular políticas públicas que ataquem problemas de convivência e comportamento de alunos e professores”, afirmou. “Nosso objetivo é produzir material didático e pedagógico dirigido a todos os públicos envolvidos, além de capacitar professores para lidar com situações em sala de aula que envolvam consumo de drogas, homofobia, bullying e assim por diante.”

    Na abertura do encontro, o ministro lembrou que o Brasil tirou mais de 40 milhões de pessoas da situação de miséria e as inseriu na sociedade de consumo. “Agora, precisamos da psicologia para nos ajudar a firmar a educação, a ciência e a tecnologia como eixo de um desenvolvimento realmente sustentável.”

    Mercadante admitiu que o Ministério da Educação anseia por esse levantamento para tratar de temas como a evasão da juventude no ensino médio, a questão da tolerância, o combate à Aids e à gravidez precoce. “Não podemos nos acomodar”, disse. “Precisamos do conhecimento e da vivência de vocês”, disse o ministro a 25 mil psicólogos de toda a América Latina reunidos na capital paulista.

    Assessoria de Comunicação Social
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