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Assistência à educação superior deve ser maior, diz Haddad

  • Quinta-feira, 02 de abril de 2009, 12h52

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, dia 2, que o apoio a itens como moradia, alimentação e transporte dos estudantes universitários deve ser ampliado em razão do aumento das oportunidades de acesso à educação superior. Ele lembrou que em seis anos o número de vagas de ingresso nas universidades federais dobrou — de 113 mil para 227 mil.


“Com o novo modelo de vestibular que estamos propondo, mais jovens de baixa renda vão ingressar nas universidades. Agora, os brasileiros de qualquer estado vão concorrer a 227 mil vagas”, disse o ministro. Pela proposta de novo vestibular, o aluno deve fazer uma prova que valha para qualquer instituição que tenha aderido ao modelo.


De acordo com Haddad, a questão da assistência estudantil será discutida na próxima segunda-feira, dia 6, em reunião entre representantes do Ministério da Educação e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). “Temos de garantir que o aluno ingresse, mas permaneça na universidade”, justificou. A proposta técnica do novo vestibular foi enviada à Andifes em 30 de março para análise dos reitores.


Novo Enem — Com a substituição do modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o MEC pretende aliar o tipo das questões aplicadas atualmente no exame a uma abrangência maior de conteúdo. Assim, o aluno exercerá melhor a capacidade de raciocínio e de solução de problemas e dependerá menos da memorização.


“Mesmo a pessoa mais bem preparada teme o vestibular nos moldes de hoje, por causa da pegadinha e do ‘branco’ que dá”, ressaltou o ministro. “A pessoa ficou menos inteligente porque deu branco? Não. Às vezes, a exigência da memorização é tamanha que o estado emocional do aluno acaba prejudicando seu desempenho.”


Segundo Haddad, o modelo proposto vai melhorar a qualidade da seleção, garantir a mobilidade e a democratização do acesso, já que o exame será unificado, e evitar que o aluno veja o vestibular como um pesadelo. Ele vai poder fazer mais de uma prova ao longo do ano e concorrer à vaga que deseja com a melhor nota obtida.


O destaque da proposta, para o ministro, é a possibilidade de orientação para a reorganização curricular do ensino médio. “Hoje, alguns colégios se veem obrigados a se transfomar em cursinho de três anos porque a decoreba é muito forte no vestibular”, afirmou. “O aluno tem de memorizar um conhecimento enciclopédico que, na maioria dos casos, não vai utilizar ao longo da vida e não amplia sua capacidade de raciocínio. Faz muita diferença a maneira de perguntar.”

Letícia Tancredi


Ouça a entrevista do ministro à Rádio Gaúcha.

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