Pesquisa IBGE: Brasil tem mais crianças na pré-escola
O número de crianças de quatro a seis anos fora da escola diminuiu em 5,7 pontos percentuais de 2001 a 2004. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), no suplemento Aspectos Complementares de Educação 2004. Em 2001, o percentual de crianças nessa situação era de 34,4% e baixou para 28,7%, o melhor resultado em toda a educação básica. Os dados foram divulgados na quarta-feira, dia 22, pelo IBGE.
Para permitir a comparação, o instituto teve de igualar a abrangência demográfica da pesquisa de 2004 com a dos anos anteriores, quando não incluía a população de áreas rurais da Região Norte. Os resultados da Pnad de 2004 já contabilizam dados dessas áreas em seu relatório final, as quais apresentam números diferentes dos utilizados nesse estudo comparativo.
De acordo com o IBGE, a população até três anos apresentou o segundo melhor índice, embora o número de crianças fora da creche ainda seja muito grande. Em 2001, 89,4% delas não estavam matriculadas. Em 2004, o número baixou para 86,3%, uma diferença de 3,1 pontos percentuais. Também houve avanço entre a população de sete a 14. O percentual caiu de 3,5% para 2,8%. Entre 15 e 17 anos, de 18,9% para 17,8%.
Segundo os dados finais da Pnad, a rede pública de ensino atende a grande maioria do grupo até 17 anos em toda a educação básica. Quase 84% da população nessa faixa-etária estão em instituições públicas. O fundamental, de matrícula obrigatória, é o nível de ensino com o maior contingente de estudantes nesses estabelecimentos (88,2%), seguido do ensino médio (79,5%), do pré-escolar (72,5%) e da creche (57,1%).
Motivos — A Pnad também pesquisou o motivo que leva as pessoas a ficarem fora da escola ou creche. Da população até 17 anos de idade, perto de 34% não estão na escola por vontade própria ou dos pais ou responsáveis. A inexistência de escola ou creche perto de casa ou falta de vaga ou de transporte para o deslocamento ficou em segundo lugar, com 15,6%. Ajudar nos afazeres domésticos, trabalhar ou procurar trabalho foi a causa de 2,7%. A falta de dinheiro para despesas como mensalidade, material e transporte foi a razão de 2,5%.
Mais informações sobre a pesquisa na página eletrônica do IBGE.
Repórter: Heloisa d’Arcanchy