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Diversidade

Oficinas de arte reduzem risco social

  • Segunda-feira, 28 de abril de 2008, 11h31
  • Última atualização em Terça-feira, 29 de abril de 2008, 13h29

Projeto Educação pelo Tambor reúne 10 escolas em Contagem (Divulgação) Quanto cobraria um psicólogo que ensinasse às crianças valores como respeito ao próximo, valorização de sua identidade e que de sobra as fizesse conviver com pessoas de todas as idades, etnias e classes sociais? Em Contagem (MG), a 21 quilômetros de Belo Horizonte, o custo de tal conhecimento é zero. O benefício, entretanto, vem por meio de aulas de dança, canto, teatro, percussão e reciclagem. Aliás, todos os utensílios utilizados para confecção de tambores, chocalhos e para as fantasias usadas no teatro são de material reciclado.

O projeto Educação pelo Tambor partiu de uma iniciativa simples. Manter as escolas de Contagem abertas durante o fim de semana foi o começo de uma ação que livrou crianças e adolescentes do município de uma situação de risco social. “Não apenas as que vieram da periferia da cidade, mas muitas de classe média também apresentavam desvios, como o preconceito”, explicou a coordenadora do programa, Ana Maria Macedo.

Ao todo, 20 especialistas trabalham em 10 escolas e na sede do projeto. Não só crianças e adolescentes, como também outros membros das comunidades participam. “Com a convivência de pessoas de idades diferentes, o nosso ganho é ainda maior”, explicou Ana Maria. A participação é voluntária e as oficinas são realizadas aos sábados pela manhã, de 8 horas até meio-dia.

Cerca de 800 pessoas são diretamente atingidas pela iniciativa. A prefeitura da cidade é quem paga os “oficineiros”, escolhidos por concurso público. “Foi a maneira que encontramos de ter os profissionais mais qualificados”, explicou a coordenadora. São professores de percussão, canto, reciclagem, pedagogos, entre outros. Os pais acompanham o desenvolvimento de seus filhos e vão às apresentações de música, teatro e canto, feitas em datas especiais como o dia das mães, por exemplo.

Lucros – Mas o projeto Educação pelo Tambor foi ainda mais longe. A sede do projeto, onde as apresentações festivas são realizadas, tornou-se um ponto de encontro, reunindo pessoas de várias partes da cidade e estabelecendo entre elas um saudável intercâmbio, com trocas de relatos e histórias. Isso fez com que moradores que não gostavam de Contagem criassem uma nova identidade com a cidade. “Tínhamos Belo Horizonte como parâmetro”, lembra a coordenadora do programa. “Aos poucos, a cidade foi se tornando diferente, aos olhos dos próprios moradores.”

O Educação pelo Tambor faz parte do programa Escola Aberta, desenvolvido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e conta com apoio da prefeitura municipal de Contagem e da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Ana Guimarães

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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