Diversidade
Durante o 5º Seminário Nacional do Programa Educação Inclusiva – Direito à Diversidade, que se estenderá até sexta-feira, dia 8, na Academia de Tênis, os educadores recebem formação a ser disseminada e aplicada em suas comunidades. Eles atuarão como multiplicadores para que o conhecimento adquirido alcance todos os municípios do país.
“Um número enorme de beneficiários do BPC está fora da escola. Mais importante do que o dinheiro são as condições de socialização da pessoa com deficiência”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, na abertura do seminário, nesta quarta-feira, dia 6. Na visão do ministro, é preciso associar o benefício de um salário mínimo pago às pessoas com deficiência a medidas que apoiem o pleno desenvolvimento do cidadão, como o acesso à escola e ao ensino de qualidade.
De acordo com a secretária de educação especial, Cláudia Dutra, o programa Educação Inclusiva, iniciado em 2003, oferece apoio a estados e municípios para tornar a escola um ambiente inclusivo. “A parceria com municípios-polo e com secretarias de educação permitiu discutir o assunto com a sociedade e chamar a atenção para as pessoas com deficiência que estão fora da escola”, ressaltou.
O Censo Escolar de 2008 revelou aumento no número de matrículas de alunos com deficiência na educação regular. Hoje, 54% dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação estão matriculados em escolas comuns do ensino regular, em contraponto a 46% de matrículas em classes especiais. Para o ministro, o acolhimento de todos pela escola regular permite criar um espaço de valorização da diversidade. “Uma escola preparada para receber todos cria um ambiente favorável ao aprendizado voltado para o respeito às diferenças.”
A fim de ampliar as condições para a construção de um sistema educacional inclusivo, o ministro destacou as medidas para elevar o financiamento do setor. “O orçamento da Seesp (Secretaria de Educação Especial) triplicou e o Fundeb permitiu a dupla contagem das matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um necessariamente na escola regular”, destacou. Isso significa que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) financia duas matrículas diferentes da mesma criança.
Além do acesso à escola, ressaltou Cláudia Dutra, é importante assegurar educação de qualidade a todos. Para isso, os desafios agora se concentram, segundo Haddad, nos investimentos em adequação de infraestrutura das escolas, aquisição de equipamentos e formação de professores.
Benefício — O BPC é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Um salário mínimo mensal é pago a pessoas idosas ou com deficiência que não podem garantir a sobrevivência por conta própria ou com apoio da família. O BPC na Escola é um programa que acompanha o acesso e a permanência nos estudos de pessoas até 18 anos com deficiência beneficiárias do BPC. Anualmente, o programa cruza os dados do Censo Escolar e do Banco do BPC para identificar os índices de inclusão e exclusão escolar dos beneficiários. Em 2008 constatou-se que 71% dos beneficiários na faixa etária até 18 anos estão fora da escola. O percentual representa 280 mil pessoas em idade escolar.
Maria Clara Machado
Seminário discute criação de um sistema com maior capacidade de inclusão

“Um número enorme de beneficiários do BPC está fora da escola. Mais importante do que o dinheiro são as condições de socialização da pessoa com deficiência”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, na abertura do seminário, nesta quarta-feira, dia 6. Na visão do ministro, é preciso associar o benefício de um salário mínimo pago às pessoas com deficiência a medidas que apoiem o pleno desenvolvimento do cidadão, como o acesso à escola e ao ensino de qualidade.
De acordo com a secretária de educação especial, Cláudia Dutra, o programa Educação Inclusiva, iniciado em 2003, oferece apoio a estados e municípios para tornar a escola um ambiente inclusivo. “A parceria com municípios-polo e com secretarias de educação permitiu discutir o assunto com a sociedade e chamar a atenção para as pessoas com deficiência que estão fora da escola”, ressaltou.
O Censo Escolar de 2008 revelou aumento no número de matrículas de alunos com deficiência na educação regular. Hoje, 54% dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação estão matriculados em escolas comuns do ensino regular, em contraponto a 46% de matrículas em classes especiais. Para o ministro, o acolhimento de todos pela escola regular permite criar um espaço de valorização da diversidade. “Uma escola preparada para receber todos cria um ambiente favorável ao aprendizado voltado para o respeito às diferenças.”
A fim de ampliar as condições para a construção de um sistema educacional inclusivo, o ministro destacou as medidas para elevar o financiamento do setor. “O orçamento da Seesp (Secretaria de Educação Especial) triplicou e o Fundeb permitiu a dupla contagem das matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um necessariamente na escola regular”, destacou. Isso significa que o Fundo da Educação Básica (Fundeb) financia duas matrículas diferentes da mesma criança.
Além do acesso à escola, ressaltou Cláudia Dutra, é importante assegurar educação de qualidade a todos. Para isso, os desafios agora se concentram, segundo Haddad, nos investimentos em adequação de infraestrutura das escolas, aquisição de equipamentos e formação de professores.
Benefício — O BPC é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Um salário mínimo mensal é pago a pessoas idosas ou com deficiência que não podem garantir a sobrevivência por conta própria ou com apoio da família. O BPC na Escola é um programa que acompanha o acesso e a permanência nos estudos de pessoas até 18 anos com deficiência beneficiárias do BPC. Anualmente, o programa cruza os dados do Censo Escolar e do Banco do BPC para identificar os índices de inclusão e exclusão escolar dos beneficiários. Em 2008 constatou-se que 71% dos beneficiários na faixa etária até 18 anos estão fora da escola. O percentual representa 280 mil pessoas em idade escolar.
Maria Clara Machado
Assunto(s):
Diversidade
,
inclusão