Encontro discute como a escola deve tratar o tema diversidade
Uma educação acolhedora, inclusiva e que assegure o direito de aprender de todos os alunos está em discussão no Seminário de Educação em Direitos Humanos, Sexualidade, Gênero e Diversidade Sexual.
Aberto nesta quarta-feira, 1º, o seminário abriga reuniões, debates e grupos de trabalho importantes para subsidiar as ações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) em relação aos temas abordados. O encontro ocorre no Hotel Grand Bittar, em Brasília, até sexta-feira, 3.
“Precisamos discutir quais as melhores estratégias para enfrentar os preconceitos reproduzidos na escola”, disse o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, durante abertura do seminário.
Ele defendeu a adoção de medidas capazes de apoiar professores e escolas a se tornarem agentes de mudanças sociais, ao assegurar um espaço de aprendizado que respeite a diversidade. “Não podemos tolerar que determinadas características dos alunos sejam pretexto para punição”, afirmou em relação aos estudantes discriminados em função de cor, sexo, etnia, preferência religiosa, condição socioeconômica, etc.
Para o secretário, a atitude de preconceito é a mesma em situações diversas, mas as diferenças não podem ser reduzidas a uma só e precisam ser tratadas de forma específica e direcionada. “Esse é um desafio que se desdobra em públicos – os negros, as mulheres, os homossexuais, os pobres, por exemplo – e em temas – educação em direitos humanos ou diversidade sexual”, exemplificou.
O desempenho escolar dos alunos, de acordo com André Lázaro, é afetado quando não se sentem acolhidos no ambiente escolar. Para discutir formas de ajudar as escolas a superar o problema, o seminário reúne professores universitários envolvidos com projetos sobre os temas, além de representantes da Secretaria Especial de Direitos Humanos, de ONGs e de instituições ligadas à temática.
Maria Clara Machado
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