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Diversidade

Entidade de homossexuais quer fim de preconceito nas escolas

  • Terça-feira, 18 de maio de 2010, 18h31
  • Última atualização em Terça-feira, 18 de maio de 2010, 18h31
Representantes da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (AGBLT) reuniram-se nesta terça-feira, 18, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília. O grupo pediu o apoio do Ministério da Educação para que o ambiente escolar seja mais receptivo às diferenças de gênero e orientação sexual e ajude a formar cidadãos capazes de respeitar as diferenças de todos.

Segundo os representantes, a maioria dos travestis e transgêneros acaba abandonando as escolas muito cedo por causa do preconceito. “Saí da escola aos 16 anos porque não conseguia estudar. Era motivo de piadinha e exclusão”, relatou a vice-presidente da ABGLT, Keyla Simpson, que é travesti.

Keyla estima que, apesar de não haver dados oficiais, cerca de 90% dos travestis e transexuais não chega a completar o ensino fundamental e a maior parte se envolve com a prostituição, em função da falta de formação educacional e da exclusão social.

O fim do preconceito e consequente inclusão de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais à sociedade passa pela formação escolar, acredita o grupo. Diante da reivindicação, o ministro sugeriu ampliar os debates com a sociedade sobre o assunto.

“Poderíamos também criar um grupo no ministério para visitar países que sejam referência na inclusão desses grupos”, cogitou. O diretor da AGBLT da região Sudeste, Beto de Jesus, sugeriu encaminhar o tema para apreciação do Conselho Nacional de Educação.

O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, propôs fortalecer o grupo de trabalho do MEC que cuida da temática, a fim de criar uma agenda de trabalho até o final do ano, além da realização de audiências regionais com a participação da sociedade civil organizada, governos e secretarias de educação.

“A intenção é promover um debate amplo com a sociedade sobre diversidade de gênero nas escolas, para encaminhar ao CNE [Conselho Nacional de Educação] uma proposta de resolução construída democraticamente”, defendeu André Lázaro.

Maria Clara Machado
Assunto(s): Diversidade , Secad
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