Brasil é destaque em inclusão na América Latina
O Brasil é o país da América Latina que mais insere alunos com necessidades especiais em escolas regulares, seguido de México e Chile. A informação foi dada dia 11, pela filósofa espanhola Rosa Blanc Guijarro, na abertura do 2º Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva - Direito à Diversidade, em Brasília. O encontro se estenderá até sexta-feira, 15. Atualmente, 34,4% dos 566.753 estudantes com necessidades especiais freqüentam o nível regular de ensino no Brasil.
De acordo com Rosa Blanc, especialista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os benefícios da educação inclusiva abrangem o desenvolvimento físico e intelectual das crianças portadoras de necessidades. "Os outros alunos também aprendem valores como respeito, companheirismo e cidadania, e os professores têm um melhor desenvolvimento profissional ao lidar com as diferenças dentro da sala de aula", explicou.
Promovido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o seminário tem como objetivo ampliar a formação de professores que atuam como multiplicadores do ensino inclusivo. Desde que foi lançado, em 2003, o programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade formou 23 mil professores em 1.869 municípios. Com a realização do encontro, a expectativa é aumentar a rede de capacitação de educadores para mais 600 municípios.
"Nossa preocupação é garantir o direito e o acesso de todos os alunos à educação regular, além de capacitar os profissionais para atender da melhor forma as pessoas com necessidades especiais", disse a secretária de educação especial, Cláudia Dutra.
Tecnologia - Para o ministro interino da Educação, Jairo Jorge, apesar dos avanços, é preciso continuar trabalhando. "É um dever do Estado garantir tecnologia, a competência e a capacitação de professores e gestores para atuarem com portadores de necessidades educacionais especiais", disse. Jairo Jorge lembrou que a inclusão permeia todas as ações do MEC.
Durante o seminário serão realizados debates e apresentações de experiências bem-sucedidas em educação inclusiva. Haverá, ainda, exposição de trabalhos, considerados modelos, desenvolvidos em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Repórter: Flavia Nery