MEC vai aprimorar o programa Diversidade na Universidade
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 6, que o MEC vai redesenhar o programa Diversidade na Universidade para atender os alunos que entraram na universidade pelo sistema de cotas. A medida foi tomada em audiência com a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR), Matilde Ribeiro.
Segundo a ministra, as 18 universidades públicas que adotam o sistema de reserva de vagas estão com dificuldades para manter o aluno cotista na instituição. “As universidades apontam que um dos maiores desafios para dar continuidade às cotas é a garantia da permanência do aluno, porque não basta apenas dar acesso, mas também condições de permanência na universidade”, explica. Haddad pediu aos técnicos do MEC para adequar o programa no sentido de oferecer apoio financeiro aos universitários cotistas, por meio de bolsas de estudo.
Criado em 2003, o Diversidade na Universidade é desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para aumentar a presença de negros e indígenas no ensino superior. O programa oferece cursos pré-vestibulares gratuitos e uma bolsa de estudo para que negros e índios tenham mais chance de ingressar na universidade. Em 2005, foram atendidos 5.370 alunos em seis estados. Aqueles que ingressam no ensino superior recebem um prêmio em dinheiro, como forma de ter a permanência incentivada.
Comissão – Durante a audiência, ficou acertado também a criação de uma comissão interministerial entre Seppir e MEC, para acompanhar as atividades desenvolvidas pelos dois ministérios. Atualmente, a parceria tem 32 ações voltadas para a promoção da igualdade racial nas escolas e universidades do país. A primeira reunião do grupo será realizada neste mês para avaliar a aplicação do Censo 2005, que incluiu no questionário de avaliação o quesito raça e cor.
Repórter: Flavia Nery