São Paulo tem ação de inclusão para afrodescendentes
No estado de São Paulo, os alunos afrodescendentes têm direito a um acréscimo de 2% à nota obtida no vestibular das escolas técnicas (ETEs) e das Faculdades de Tecnologia (Fatecs). Esse percentual aumenta para 8% a mais na nota obtida no vestibular, para aqueles que cursaram integralmente o ensino médio em escola pública.
O acréscimo é acumulativo, ou seja, se o aluno for afrodescendente e oriundo de escola pública, o percentual será de 10% a mais na nota final. O sistema denominado Pontuação Acrescida já é válido para o vestibular 2006 e está amparado legalmente em decreto assinado pelo governador paulista, Geraldo Alckmin.
Em caso de controvérsia para a validade da regra de percentual para afrodescendentes, será levada em consideração não apenas a auto-declaração do aluno, mas, também, documentos que comprovem a sua descendência. De acordo com o Centro Paula Souza – composto por 18 Fatecs e 108 ETEs –, 67% dos alunos da instituição têm renda familiar de até cinco salários mínimos. Em relação apenas às escolas técnicas, 55% dos alunos de nível médio têm idade acima de 18 anos.
Os afrodescendentes representam 14,78% dos alunos das ETEs. Nas Fatecs, o número é de 24,74%. Já aqueles que cursaram todo o ensino fundamental e médio em escolas públicas somam 67,28% nas dependências das ETEs e 60,38% nas Fatecs.
Cursos – Entre os cursos mais procurados destaca-se o de informática, com ênfase em gestão financeira e automação de escritórios e secretariado. No vestibular da Unicamp do ano passado, o curso mais concorrido entre os candidatos afrodescendentes foi o de medicina, seguido por engenharia da computação e ciências biológicas.
Repórter: Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Imprensa do Centro Paula Souza