Investir nos jovens é imprescindível para combater violência na escola, diz secretário do MEC
Representantes dos ministérios da Educação do Brasil e do Chile estão reunidos em Brasília para discutir o tema A Violência e a Discriminação na Escola: Um Desafio da Democracia. O encontro, que começou nesta quinta-feira, 10, e termina na sexta-feira, 11, em Recife, vai possibilitar a troca de experiências e projetos desenvolvidos nos dois países para combater a violência escolar.
Para o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, é impossível vencer a violência sem trabalhar a educação de crianças e jovens. “Temos que atrair a juventude e garantir ensino e aprendizagem”, disse. Neste processo, acredita Henriques, é indispensável reconhecer a diversidade social presente na América Latina.
Na avaliação da adida cultural da Embaixada do Chile, Nora Schaulsohn, o combate à discriminação nas escolas é um desafio para a democracia. “A estabilidade democrática está relacionada com uma convivência escolar correta”, afirmou.
Na manhã desta quinta-feira, o representante do Chile apresentou o Plano Nacional de Convivência nas Escolas, desenvolvido há três anos naquele país. De acordo com René Sereño, do Ministério da Educação chileno, o plano reviu normas de funcionamento das escolas para melhorar a aprendizagem e reduzir a violência entre os jovens. “Defendemos uma educação não fragmentada para formar o cidadão como um todo, além de oferecer oportunidades iguais para homens, mulheres, crianças, jovens ou adultos”, contou.
Relacionamento – Durante o encontro serão apresentados os projetos do MEC Escola Aberta e Escola que Protege. O primeiro amplia as oportunidades de acesso a atividades educativas, culturais, esportivas, de lazer e de geração de renda. O objetivo é melhorar o relacionamento entre professores, alunos e familiares e reduzir os índices de violência entre os jovens, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade social.
Já o projeto Escola que Protege funcionou em caráter piloto em Belém, Recife e Fortaleza, no primeiro semestre. As cidades foram escolhidas por apresentarem altos índices de violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes. O programa prevê a criação de centros de prevenção e acolhimento às crianças, adolescentes e famílias em situação de violência.
Repórter: Flavia Nery