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Diversidade

Estudo revela que a maioria das escolas discute drogas, gravidez e aids

  • Sexta-feira, 09 de dezembro de 2005, 14h22
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 11h20

Foto: Wanderley PessoaUm levantamento inédito sobre saúde incluído no Censo Escolar 2005 revelou que 99% das escolas de ensino médio e 95% de ensino fundamental trabalham temas relacionados à promoção da saúde e educação preventiva. Os números correspondem às 161.679 escolas que responderam o questionário (78% das 207.214 do país). Os resultados da pesquisa foram apresentados nesta sexta-feira, 9, pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Saraiva Felipe.

De acordo com o Censo, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, aids e gravidez na adolescência são os temas mais abordados pelos estudantes. A escola foi apontada pelos jovens como o segundo lugar mais utilizado para obter informações sobre aids. Em primeiro vem a família e em terceiro, a tevê.

Entre as instituições de ensino que trabalham o tema DST/aids, 9% distribuem preservativos. O ministro Haddad disse que o governo pretende aumentar o índice para 25% em 2006. “A disponibilidade do preservativo é essencial para que o jovem possa se proteger e, nesse momento, a escola funciona como um apoio adicional ao adolescente”.

Haddad lembrou que a aprovação do Fundo da Educação Básica (Fundeb), que será votado terça-feira na Câmara, vai garantir mais recursos para a educação em algumas regiões do país. “A partir do momento em que nivelarmos a qualidade do ensino, vamos dar condições para que a região Nordeste possa combater o analfabetismo funcional e promover, de forma indireta, a saúde em sua população”. 

Abordagem - A maioria das 97,6 mil escolas que abordam o tema DST/aids optou por inserir o assunto em conteúdos das disciplinas (81%) ou por meio de palestras (71%). A distribuição de materiais educativos é feita em 38% e 25% trabalham o tema em feiras de ciências.

Os professores capacitados para fazer tal atividade correspondem a 43% do total pesquisado. Profissionais de saúde também participam das ações em 36% das instituições de ensino, assim como membros de organizações da sociedade civil (8%). Segundo o ministro da saúde, a parceria com o MEC vai possibilitar a capacitação de mais professores para tratarem da saúde dentro da sala de aula, em 2006.

De acordo com o coordenador de políticas do ensino médio da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco Potiguara, os ministérios tentam inserir o tema em todos os cursos de formação de educadores.

O Censo Escolar é realizado anualmente em escolas públicas e privadas do país pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). Os dados são utilizados pelo governo para formular políticas públicas e definir repasse de recursos.

Aids – Durante a solenidade, foi divulgado o resultado da pesquisa Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepções do HIV/aids. O levantamento mostrou que o uso da camisinha na primeira relação cresceu de 47,8% em 1998 para 65,8% em 2005, nos jovens entre 16 e 19 anos.

Os dados comprovaram que o uso do preservativo cresce segundo o grau de instrução. Entre homens de 16 e 19 anos, o índice salta de 58,6% nos analfabetos funcionais para 72,2% naqueles com nível médio completo. 

Repórter: Flavia Nery

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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