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Diversidade

Universidade dá preferência a professores negros

  • Quinta-feira, 22 de dezembro de 2005, 14h51
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 11h54

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é a primeira instituição de nível superior do país a adotar o acesso preferencial de professores negros em concurso público. A decisão foi aprovada pelo conselho universitário, em reunião no último dia 16, e já é válida para o próximo concurso. Serão oferecidas 20 vagas nas áreas de ciências sociais e aplicadas, humanas, educação, ciências exatas, naturais e tecnológicas e letras.

O concurso será aberto a professores auxiliares, com remuneração de R$ 1.216,98; assistentes (mestres), R$ 2.068,29; e adjuntos (doutores), R$ 2.799,62. O regime é de 20 horas. O edital, em fase de elaboração, estará disponível na página eletrônica da universidade em meados de janeiro de 2006.

A justificativa para a novidade baseou-se numa passagem do livro Inclusão Étnica e Racial no Brasil, do professor José Jorge de Carvalho, do departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). No capítulo seis – A questão das cotas no ensino superior –, o autor aponta que o número de professores negros no ensino superior é insignificante. "Sem preferência de acesso, não há inclusão. O primeiro estudo do problema da discriminação racial no Brasil tem de ser lido a partir do topo da pirâmide escolar".

A proposta, única nos meios acadêmicos para concurso público de magistério, foi encaminhada pelo Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra) e apresentada pelo conselheiro Paulo Vieira, coordenador do Negra/Unemat. O professor ressalta a importância da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do Conselho Estadual dos Direitos do Negro em Mato Grosso, no sucesso da ação.

"Também assinalamos a importância das ações desenvolvidas pelo Ministério da Educação, por meio das secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e de Educação Superior (SESu)", destacou Vieira. Segundo o professor, a nova ação é constitucional tanto do ponto de vista administrativo quanto jurídico.

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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