Escola deve servir para valorizar diferenças, afirma secretário do MEC no Fórum Mundial
O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, Ricardo Henriques, afirmou no Fórum Mundial de Educação, em Nova Iguaçu (RJ), que apenas a melhoria da qualidade de ensino não acaba com a desigualdade histórica que o Brasil criou no seu processo de desenvolvimento. Para Henriques, “a escola deve ser o instrumento de valorização das diferenças da nossa população, como única forma de inclusão desta diversidade social que é tão importante”.
Na opinião dele, a escola deve ser um espaço para mudança e valorização da diversidade social brasileira. “Os professores que souberem articular suas aulas com o grafite, o rap, a dança, entre outras linguagens, vão encantar, envolver e ensinar muito melhor seus alunos.”
Ricardo Henriques observou que um jovem negro, nordestino, rural e pobre pode demorar 20 anos para atingir o nível médio de educação da população brasileira como um todo. E quando atingir esse patamar, continuará atrás, não apenas dos mais favorecidos, mas de quase todos os cidadãos. “Como tem ocorrido desde o início do século passado, onde a diferença média de educação entre negros e brancos era a mesma de hoje, ou seja, cerca de dois anos a menos de escolaridade para a população afrodescendente.” (Assessoria de Comunicação Social do MEC)