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Diversidade

Ministérios firmam parceria contra analfabetismo

  • Sexta-feira, 11 de agosto de 2006, 15h40
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 10h10

Uma parceria entre os ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego pretende inserir no programa Brasil Alfabetizado os trabalhadores que se encontravam na condição de trabalho análoga a de escravo. Inicialmente, a parceria mobilizará os secretários estaduais de educação do Tocantins, Maranhão, Piauí e os prefeitos dos municípios de Açailândia, Bom Jesus das Selvas e Santa Luzia, no Maranhão, e Xinguara, no Pará. Estas localidades têm até o dia 11 de setembro para cadastrar no programa os trabalhadores que se enquadram nesta categoria.

Segundo o diretor do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Timothy Ireland, nestes locais há os maiores índices de ocorrência de trabalho escravo e analfabetismo e, por isso, a ação começa por eles. Timothy explica que “condições análogas a de escravo” são todos aqueles que se encontram em péssimas condições de trabalho e sem carteira assinada.

A iniciativa integra uma política de reintegração social, cujo objetivo é evitar que os trabalhadores libertados dessa condição sejam reincidentes. “A ação está prevista no Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, aprovado pelo governo federal em 2003”, afirma o diretor. De acordo com ele, por representar a parcela mais vulnerável da população, o Brasil Alfabetizado prevê que estes trabalhadores tenham atendimento prioritário.

Documentário – No próximo dia 15, o documentário Histórias de um Brasil Alfabetizado, do diretor Bebeto Abrantes, inspirado na riqueza de experiências do programa da Secad, será exibido na Mostra Paralela do Festival de Cinema de Gramado. Para o diretor, o filme dá visibilidade ao tema da alfabetização e colabora para difundir experiências pouco conhecidas sobre o tema: “Em Histórias de um Brasil Alfabetizado, o foco é o ser humano, a vivência de cada personagem – seja alfabetizando ou alfabetizador”, conceitua.

O documentário, de 72 minutos, apresenta cinco casos, de diferentes regiões do país, que mostram como a realidade de uma pessoa pode ser alterada para melhor por meio da alfabetização. É o exemplo do jovem Edigenilson, de Nazaré da Mata (PE), um cortador de cana que todas as noites, após jornadas extenuantes nos canaviais, freqüenta um curso de alfabetização em uma escola do seu município. Ou do casal Vanúzia e Antonio de Castro, moradores de um bairro pobre na periferia de Belém (PA), que venceram suas desavenças matrimoniais quando ambos decidiram voltar a estudar: “Após essa tomada de atitude, eles assinam um termo de ‘bom viver’ e a vida do casal ganha novos rumos”, conta o diretor.

Cristiano Bastos

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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