Alunos do Diversidade na Universidade participam de avaliação
Termina nesta quarta-feira, 20, a avaliação dos 4.003 estudantes que participam neste ano de cursinhos pré-vestibulares oferecidos pelo Ministério da Educação, por meio do Projeto Inovador de Cursos (PIC), que integra o Programa Diversidade na Universidade. A avaliação teve início no dia 14. A exemplo dos alunos da graduação, os estudantes do Diversidade também fazem provas ao ingressar no cursinho e ao concluir. Os alunos recebem formação em 21 instituições sem fins lucrativos, em 12 estados. O investimento do MEC em 2006 é de R$ 3,6 milhões.
A prova, que é elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) e pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), é uma das formas de avaliação do programa e do aluno. Além do desempenho do estudante, a instituição é avaliada quanto à gestão da aplicação dos recursos públicos, o projeto pedagógico e a oferta de formação cultural e social.
De acordo com a coordenadora do PIC, Renata Mello Rosa, o objetivo do MEC com este programa é colocar, pelo menos, 20% desses alunos no ensino superior. Na avaliação de 2005, o índice ficou em 18%. Para ampliar as possibilidades de aproveitamento, consultores da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que é a gestora do Diversidade na Universidade, e a Secad realizaram, de abril a junho, 24 oficinas com professores e as equipes das instituições. O objetivo do reforço, diz Renata Mello Rosa, é qualificar as instituições para que elas cumpram com eficiência sua tarefa na formação dos alunos.
Em 2006, participam do programa estudantes negros e indígenas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará e Ceará. Eles estão matriculados em 21 instituições sem fins lucrativos, onde fazem 900 horas de curso preparatório para o vestibular, participam de atividades de formação cultural e social para reforço da consciência cidadã, combate ao racismo, estudo de questões étnicas, e recebem uma bolsa mensal de R$ 40,00 a R$ 60,00 para freqüentar as aulas.
Trajetória − O Programa Diversidade na Universidade foi criado em 2002, mas o projeto-piloto foi executado em 2003 e, em 2004, o programa foi remodelado. Em 2005, participaram do PIC 5.375 estudantes de seis estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão) e o repasse foi de R$ 2,9 milhões. Os cursinhos em 2005 tinham carga horária entre 400 horas (tipo intensivão) e 900 horas, mas os avaliadores constataram que os cursos de curta duração foram pouco eficientes. Desde o início de 2006, todas as instituições são obrigadas a oferecer cursos de 900 horas, o que possibilita ao aluno rever detalhadamente a matéria e fixar os conhecimentos, explica Renata.
Ionice Lorenzoni