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Diversidade

Inclusão em escola pública é tema de livro

  • Quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007, 15h33
  • Última atualização em Quinta-feira, 24 de maio de 2007, 09h36

Uma classe de 23 alunos ouvintes e dois surdos, em Natal (RN), ganha a companhia da mãe de um dos estudantes surdos, que entra na sala de aula para ajudá-los a se comunicar na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A mãe dá um expediente voluntário na escola, duas vezes por semana, para ajudar a professora e pedagoga Márcia Maria Costa Oliveira a ensinar palavras novas em Libras e a passar as tarefas escolares também na língua de sinais.

Este relato de inclusão de alunos surdos em classe comum realizada na Escola Municipal Professora Emília Ramos, em Cidade Nova, região metropolitana de Natal, está na publicação Experiências Educacionais Inclusivas. O livro, que narra 19 exemplos de inclusão vivenciados por escolas públicas da educação básica, foi produzido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) e distribuído para os 144 pólos do programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. “Não são receitas de inclusão, mas relatos de experiências feitas em realidades distintas que estamos socializando com os municípios”, explica a coordenadora-geral de Articulação e Políticas de Inclusão da Seesp, Denise de Oliveira Alves.

A mãe, que é protagonista desta história na Escola Emília Ramos, passou dois anos interagindo com a classe, possibilitando que o filho concluísse o ciclo da alfabetização − que compreende a alfabetização, a 1ª e a 2ª séries do fundamental − na idade adequada, no final de 2006. “Foi um privilégio e um aprendizado para a escola”, diz a professora Márcia Maria. “Os alunos aprenderam a respeitar a diferença, aprenderam Libras e, com certeza, levarão essa vivência para suas famílias”, diz.

A professora ressalta a importância do envolvimento da família na educação dos filhos, especiais ou não. Essa mãe participou do conselho de pais na escola e ainda fez, no turno da noite, as séries iniciais − 1ª a 4ª − da educação de jovens e adultos (EJA). Na maioria das vezes, explica Márcia, ela levava o filho para a escola de noite porque não tinha com quem deixá-lo. A Escola Municipal Professora Emília Ramos tem 12 salas de aula, 750 alunos nos turnos da manhã e tarde e mais 250, à noite, em classes de EJA.

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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