Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > IBC terá primeiro museu latino-americano para deficientes visuais
Início do conteúdo da página
Diversidade

IBC terá primeiro museu latino-americano para deficientes visuais

  • Sexta-feira, 01 de junho de 2007, 15h16
  • Última atualização em Terça-feira, 26 de junho de 2007, 09h59

O Instituto Benjamim Constant (IBC), ligado ao Ministério da Educação, será sede do primeiro museu adaptado para portadores de deficiência visual da América Latina. O projeto Museu Tiflológico — 'tiflos' é uma palavra grega que significa cego — vai promover o acesso dos deficientes visuais à cultura e constituir um espaço de integração de toda a sociedade. Somente na Espanha há um museu com as mesmas características.

O IBC, principal centro de referência para questões da deficiência visual do país, já teve o projeto aprovado pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A proposta se adequa aos  padrões da Lei Rouanet, dispositivo legal de incentivo à cultura que dá alíquotas de isenção fiscal aos patrocinadores de projetos culturais.

O instituto está em negociação com estatais como Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Furnas Centrais Elétricas S/A e Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) para conseguir financiamento. Segundo a vice-diretora do IBC, Maria da Glória Almeida, o orçamento do museu, fechado em  R$ 3,2 milhões, dificulta a implementação do projeto. “Como a obra é muito cara, tem sido penosa a tarefa de angariar fundos”, explica.

Maria da Glória destaca que o novo espaço vai garantir a preservação do acervo da instituição, criada em 1854, e o resgate de sua história. “Ele será informatizado, moderno e preparado para receber todos, deficientes ou não.  Todo cidadão pode, merece e precisa ter acesso a um espaço como este”, afirma.

Maquetes — A vice-diretora do IBC destaca as maquetes dos principais monumentos do Rio de Janeiro, como o Corcovado e os Arcos da Lapa, entre outros. “Eles deixarão de ser apenas palavras para aqueles que não enxergam e passarão a adquirir significado. Isso beneficiará, principalmente, as crianças cegas que conhecerão o mundo que as cerca”, explica.

Também está reservado um espaço no 3º andar do IBC, localizado no bairro carioca da Urca, que terá cinco núcleos: Sala Nossa História, Sala de Maquetes, Exposição de Objetos Tiflotécnicos, Sala de Exposições e Capela Santa Luzia. Os corredores de acesso abrigarão exposições de fotografias antigas.

Juliana Meneses

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página