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Educação de jovens e adultos

Participantes de conferência querem passar do debate à ação

  • Sexta-feira, 04 de dezembro de 2009, 13h20
  • Última atualização em Sexta-feira, 04 de dezembro de 2009, 13h39

Belém — Desde o início da 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confintea) na terça-feira, dia 1º, as discussões em painéis, mesas-redondas e oficinas reforçam a necessidade de se passar do debate a ações práticas. A preocupação foi enfatizada nas intervenções finais da conferência, nesta sexta-feira, 4.


“Os resultados da 5ª Confintea são decepcionantes porque não passamos efetivamente à ação”, disse o presidente do Conselho Internacional de Educação de Adultos, o canadense Paul Bélanger. Ele foi o secretário-geral da conferência anterior, realizada em 1997, em Hamburgo, Alemanha. Para Bélanger, a situação mudou. “Porque neste momento vemos a educação como um instrumento de superação de crises”, disse.


Segundo Bélanger, a educação de jovens e adultos é fundamental para que as pessoas tenham capacidade de exprimir demandas e de agir criticamente. “A educação, além de formar, precisa oferecer aos adultos o desenvolvimento de competências”, afirmou. Ele entende que adultos bem formados podem contribuir, por exemplo, para diminuir a incidência de doenças no mundo, cuidar do meio ambiente e superar crises, como a alimentar e a econômica. “Como mudar a maneira de produzir alimentos sem a participação das pessoas? Controlar a Aids sem gente informada? Ou superar a crise financeira sem investir na formação de pessoas capazes de lidar com novas situações de trabalho?”


Para passar da retórica à ação, Bélanger defendeu a integração da educação a outras áreas, como a saúde e a economia, e a mobilização de governos, setores privados e sociedade civil. Ele sugeriu ainda a destinação de percentuais do produto interno bruto de cada país a políticas educacionais e a programas, com medidas práticas e prazos a serem cumpridos.


Entre as nações que mais avançaram na educação de jovens e adultos desde a conferência de Hamburgo, Bélanger destacou o Brasil. O país, segundo ele, realizou diversos debates com a sociedade civil sobre o tema e construiu políticas baseadas em demandas comuns de governos e população.

Maria Clara Machado

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