Premiados por uma causa nobre, a educação para todos
O Ministério da Educação premiou sete projetos de educação de jovens e adultos (EJA) e quatro de alfabetização de adultos de todo o país na quarta-feira, 31, durante a abertura do 7º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Eneja), em Brasília.
Resultado de uma parceria entre o MEC, a Natura e a Fundação Abrinq, o prêmio Crer para Ver – Inovando a EJA foi criado para reconhecer e premiar práticas inovadoras e bem-sucedidas nesta área de educação. “Esse prêmio é a realização de um projeto que reúne o governo federal, a iniciativa privada e a sociedade civil em favor de uma causa: a educação para todos”, afirmou o diretor da Natura, Rodolfo Gutilla. O representante da Abrinq, Ismar Liffner, falou da importância do investimento em educação, direito fundamental para o exercício da cidadania.
A Medalha Paulo Freire, criada em 2003 e instituída pelo mesmo decreto que regulamenta o Programa Brasil Alfabetizado, foi entregue a entidades que se destacaram pelos esforços na promoção da alfabetização de jovens e adultos no país. O prêmio, que recebe o nome de um dos mais notáveis educadores do país, foi entregue pela primeira vez. A escolha dos quatro premiados foi feita pela Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, que recebeu e analisou 19 projetos.
O titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques, falou da importância da entrega dos dois prêmios, um a entidades de EJA e outro a entidades de alfabetização de adultos, repetindo a articulação que o MEC institui com a criação da Secad. “Nossa meta é vencer o maior desafio social brasileiro, a desigualdade social, pela alfabetização”, disse o secretário.
Brennand – O artista plástico pernambucano Francisco Brennand foi o criador da Medalha Paulo Freire. A escolha não levou em conta apenas o talento do artista. Brennand foi contemporâneo do educador, tendo ilustrado o primeiro material usado por ele na alfabetização de jovens e adultos em sua experiência em Angicos (RN), em 1963.
Repórter: Iara Bentes