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Educação especial

Mapa tátil ajuda deficientes visuais em Florianópolis

  • Segunda-feira, 31 de outubro de 2005, 09h50
  • Última atualização em Quinta-feira, 31 de maio de 2007, 08h49

Um projeto de extensão do Laboratório de Cartografia e Geociência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem ajudado a orientar os deficientes visuais em Florianópolis. É o mapa tátil, projetado pela professora Ruth Emilia Nogueira Loch e pela aluna de geografia Luciana de Almeida. O mapa, em um painel com 1,20 metro de largura por 80 centímetros de altura, em escala 1:1.500, foi instalado no Terminal de Integração do Centro (Ticen), ponto de referência para os deficientes visuais.

A idéia surgiu quando a Fundação Catarinense de Educação Especial pediu a Ruth uma consultoria sobre mapas para deficientes visuais da rede de ensino. Ela aceitou o desafio. “Ficamos nove meses analisando os pontos de referência, montando mapas e mostrando-os aos deficientes para descobrir qual textura tinha leitura mais fácil”, afirmou. “O mapa tátil facilita a vida deles. Nos testes, passavam os dedos e diziam ‘estou vendo’”, destacou, emocionada.

Para desenvolver o projeto, foi necessário rastrear as ruas do centro da capital catarinense. “Os mapas que pesquisamos tinham ruas e escadas novas ou que não existiam mais”, lembrou. Depois de várias visitas à Associação Catarinense de Integração do Cego (Acic) e conversas com os deficientes visuais, Ruth e Luciana descobriram que o ponto de referência para eles, na cidade, é o Terminal Central. Daí a escolha para a instalação do mapa.

Pesquisa — A dupla trabalha em nova pesquisa, com os professores Rosemy da Silva Nascimento e Elson Manoel Pereira, do Departamento de Geociências da UFSC. Com patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), eles vão desenvolver padrões cartográficos táteis para ambientes públicos internos de grande circulação, protótipos para aeroportos e terminais rodoviários, além de produtos cartográficos táteis para atender necessidades do ensino de geografia de nível fundamental e médio, como forma de promover o acesso do portador de deficiência visual à informação.

A Fundação Catarinense de Educação Especial participa do projeto. “Tudo o que desenvolvermos será repassado à fundação para que ela seja referência nacional. O papel da universidade é pesquisar e colocar os resultados à disposição da sociedade”, disse Ruth.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, há um milhão de deficientes visuais no Brasil. Apenas dez mil são economicamente ativos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1% da população catarinense (cerca de 60 mil pessoas) seja deficiente visual.

O projeto do mapa tátil está disponível na internet. Mais informações pelo telefone (48) 3331-8593.

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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