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Educação especial

Ministério inaugura turma de curso bilíngüe do Ines

  • Quinta-feira, 06 de julho de 2006, 13h20
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 13h36

Na sexta-feira passada, 30, foi realizada a aula inaugural do primeiro curso de magistério superior bilíngüe português/Língua Brasileira de Sinais (Libras) do país. O curso será ministrado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), órgão do Ministério da Educação, para alunos surdos e ouvintes. Foram abertas 60 vagas, das quais 43 foram preenchidas por pessoas sem problemas auditivos, o que reflete a pequena proporção de surdos da sociedade brasileira.

O evento teve a presença de Claudia Dutra, secretária de Educação Especial (Seesp/MEC), e de Nelson Maculan, secretário de Educação Superior (SESu/MEC). Também estiveram presentes integrantes da comunidade surda brasileira e o professor William Michael Kemp, da Universidade Gaulladet, Estados Unidos.

A instituição norte-americana foi, por muitos anos, a única daquele país a oferecer cursos para surdos, mas isso mudou após a obrigação de contratar intérpretes de linguagens de sinais em todas as universidades, instituída durante o governo de George Bush, pai do atual presidente. As outras instituições passaram a oferecer vagas para os candidatos surdos. O Ines pretende seguir a mesma linha e ampliar o acesso dos surdos aos demais cursos ofertados.

Aprendizado – “O curso bilíngüe é muito importante porque o português é a língua oficial do país e o uso de Libras favorece o aprendizado e a compreensão dos conteúdos curriculares. Os surdos passam a ter o seu potencial reconhecido e podem trabalhar diretamente com crianças, ensinando a língua de sinais”, diz Marlene Gotti, assessora técnica da Coordenação de Educação Especial da Seesp.

Segundo ela, há 20 anos era bem mais restrito o acesso de surdos ao nível superior, mas hoje há um grande número deles fazendo cursos de graduação e pós-graduação em várias disciplinas. O curso bilíngüe contará com intérpretes de Libras/língua portuguesa e em cada semestre será trabalhado um bloco temático, que discutirá noções de escola, cultura e sociedade e concepções sobre criança, entre outros temas. O objetivo é formar professores para atuar na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental capazes de se posicionarem de forma social, histórica e cultural.

Raquel Maranhão Sá

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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