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Educação indígena

MEC ajuda a formar educadores indígenas no Mato Grosso do Sul

  • Quarta-feira, 13 de julho de 2005, 15h22
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 12h49

Foto: DivulgaçãoA Secretaria de Educação do estado do Mato Grosso do Sul, com apoio financeiro e político-pedagógico do Ministério da Educação, promove até o dia 23 próximo a sétima etapa do Projeto Ára-Verá, um curso de nível médio para o exercício de magistério destinado a professores da etnia Guarani/Kaiowá, da região sul do MS. Este processo de formação de educadores indígenas exemplifica bem a filosofia de trabalho do governo federal nesta área, baseada no respeito às especificidades de cada povo.

Atender necessidades específicas é particularmente importante quando se trata do povo Guarani/Kaiowá, que é culturalmente muito resistente e cujas mulheres e crianças falam praticamente um único idioma, o guarani – do tronco tupi-guarani. “É uma língua muito forte, que não tem nada a ver com o português nem com as línguas dos outros povos indígenas do Mato Grosso do Sul”, explica Kleber Gesteira, coordenador-geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

Além disso, estes indígenas têm outras particularidades sociais, como a forte espiritualidade e a forma de ensinar as crianças: valoriza-se muito a cultura oral, por meio de rituais de oralidade. Tudo isso é contemplado na hora de se elaborar a orientação pedagógica.

O MEC tem proporcionado ajuda com a realização de encontros e trocas de mensagens com as autoridades locais. O ministério também aprovou, no fim do ano passado, um projeto de R$ 138 mil para a secretaria estadual, que inclui esta ação no sul do MS e outras, em convênio com os municípios. Os recursos estão sendo aplicados neste ano.

O curso já formou, na primeira turma, 70 professores Guarani/Kaiowá provenientes de 17 áreas indígenas. Esta segunda turma teve início em fevereiro de 2002, com término previsto para 2006. De acordo com o Censo de 2004, há quase oito mil alunos desta etnia, distribuídos em 18 escolas.

“Por esse magistério, vamos construir uma nova geração dentro da sala de aula e a própria comunidade vai entender e aprender a valorizar o ensino diferenciado”, afirma Ananir Lescano, da aldeia Taquapiri.

Repórter: Julio Cruz Neto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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