Indígenas de Pernambuco pedem autonomia e atenção
Participantes do Seminário de Educação Escolar Indígena de Pernambuco reivindicam a criação de um conselho estadual autônomo, com poder de deliberação e não apenas de consulta. Pedem também a elaboração de uma política estadual que contemple as demandas, expectativas e necessidades educacionais dos povos indígenas. O seminário teve início na terça-feira, 23, e vai até quarta, 24.
Para o coordenador de Educação Escolar Indígena do MEC, Kleber Gesteira, as reivindicações são justas e expressam bem o anseio da população indígena por uma educação de qualidade que respeite “a grande riqueza e diversidade cultural existente na região”.
De acordo com ele, há um estreito regime de colaboração entre o MEC e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc/PE), tanto que está sendo elaborada uma Carta de Compromisso para organizar uma agenda comum de trabalho. “Estamos coordenando esforços para atendê-los.”
Pernambuco possui a quinta maior população indígena do país. São dez povos, mais de 30 mil pessoas, 119 escolas, 10.951 estudantes e mais de 600 professores, quase todos membros das próprias etnias do estado.
Repórter: Sonia Jacinto