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Educação indígena

Escolas indígenas vão debater Objetivos do Milênio

  • Quarta-feira, 12 de julho de 2006, 14h39
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 13h13

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio serão discutidos em salas de aula de aldeias de Mato Grosso do Sul. A iniciativa do especialista em políticas sociais das Nações Unidas, Hermann Gebauer, planeja inserir o tema em seminários de capacitação para professores, agentes de saúde, lideranças indígenas e funcionários públicos que atuam com os índios. O objetivo é que eles trabalhem as metas junto aos alunos e a comunidade.

Na avaliação de Hermann Gebauer, que visitou as aldeias sul-mato-grossenses, os índios conhecem bem os problemas que estão por trás dos Objetivos do Milênio, como a pobreza, a desnutrição infantil e a evasão escolar. “São problemas sentidos todos os dias, mas que os indígenas não conhecem da forma sistemática elaborada pelas Nações Unidas. O seminário é uma oportunidade de sistematizar tudo isso para que eles aprendam como trabalhar os objetivos”, destaca.

Durante duas semanas, Gebauer visitou os índios guarani dos municípios de Dourados, Amambai, Japorã e Antônio João, a convite do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Ele analisou a situação das aldeias e desenvolveu um projeto na área de educação que visa o desenvolvimento das comunidades. “O Pnud não poderia intervir na questão da terra, mas poderia ajudar a melhorar a qualidade do ensino, para promover o desenvolvimento humano sustentável”, explica.

Os seminários devem acontecer em janeiro e fevereiro do próximo ano com a participação de índios e funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), prefeituras e governos estaduais. Além dos Objetivos do Milênio, a programação do curso inclui temas como cidadania brasileira, formas de integração entre a cultura indígena e a não-indígena, solução de conflitos, enriquecimento da produção agrícola, gênero e higiene.

“Depois de formados, a idéia é que durante o ano escolar eles desempenhem atividades relacionadas com o que foi aprendido”, conta Gebauer. Os indígenas que participarem da atividade receberão apoio para implantar os trabalhos nas aldeias e serão monitorados para que, no final do ano, os resultados das ações sejam avaliados. A idéia é reunir as comunidades para que elas definam quais serão os objetivos para o ano seguinte.

O projeto ainda pretende realizar campanhas sobre a importância do estudo. “A maioria dos indígenas só completa o ensino fundamental. Os meninos logo começam a trabalhar e as meninas casam e têm filhos muito cedo, abandonando os estudos. Queremos fazer um trabalho de sensibilização para que eles terminem o ensino médio”, ressalta a gerente do Pnud em Mato Grosso do Sul, Eloísa Berro. Segundo ela, na continuidade do projeto, a proposta é que sejam oferecidos cursos profissionalizantes nas áreas de agricultura, marcenaria, artesanato e turismo.

Flavia Nery com informações da Assessoria de Imprensa do Pnud

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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