Projeto-piloto capacita professores indígenas
Republicada por ter saído com incorreções.
Professores de escolas indígenas estão sendo treinados num método de ensino, adotado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, voltado para acabar com a reprovação e o abandono nas escolas rurais, denominado Escola Ativa. A iniciativa é um projeto-piloto que conta com a participação de 341 professores do Alto Solimões, no Amazonas, de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Participam, ainda, outros 60 professores da Paraíba e 60 do Ceará.
A capacitação deve ser concluída até o final do ano e prevê em sua última fase o desenvolvimento de materiais pedagógicos para uso em sala de aula. “Os cadernos de estudos sociais, por exemplo, contam a história das aldeias em que vivem os estudantes”, diz a coordenadora de implantação de novos modelos do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), Débora de Moraes Correia.
O programa é gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Após a capacitação, a experiência dos professores em sala de aula será avaliada pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para verificar a conveniência de adoção da metodologia em todas as escolas indígenas que trabalham com turmas multiseriadas. O treinamento inclui metodologia, alfabetização, além da produção do material pedagógico.
Escola Ativa – A metodologia do Escola Ativa reúne auto-aprendizagem, trabalho em grupo, ensino por módulos, livros didáticos especiais, participação da comunidade, capacitação e reciclagem permanente dos professores e acompanhamento constante de alunos e de docentes.
O Brasil tem 220 sociedades indígenas, falando 180 línguas e vivendo em 618 reservas. São mais de 440 mil pessoas, espalhadas em 24 estados. Dos 9.100 professores que atuam nas escolas de aldeias, cerca de 90% são indígenas e quase 25% deles não completou ainda sua escolarização - números corrigidos em relação à matéria anterior, publicada neste Portal. Do total, 40% têm formação de nível médio com habilitação em magistério indígena. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)