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Educação indígena

Termina sexta etapa de formação de professores guaranis

  • Quinta-feira, 28 de setembro de 2006, 16h27
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 09h37

A sexta etapa do Curso de Formação em Magistério Intercultural, que teve início no dia 11, em Governador Celso Ramos, Santa Catarina, terminou nesta quinta-feira, 28. O objetivo do programa é habilitar professores guaranis para o exercício da docência nas escolas indígenas. A intenção é consolidar o acesso e permanência desta etnia em uma escola específica, diferenciada, intercultural, bilíngüe e comunitária. Assim, profissionalizando e capacitando os professores que atuam nas aldeias, a educação pedagógica e a cultura indígena, de forma aliada, serão devidamente valorizadas.

Esta é a primeira turma do curso que formará, em 2008, 75 professores guaranis. O nível médio foi iniciado em 2004 e tem a duração de cinco anos. Semestralmente, ocorrem encontros em um período intensivo de aproximadamente um mês, e de volta às aldeias os alunos trabalham e estudam de forma autônoma desenvolvendo as pesquisas da própria cultura.

Segundo o coordenador-geral da Educação Indígena, Kleber Gesteira, a grande novidade neste curso de formação é o respeito à territorialidade indígena. As secretarias de Educação dos estados que são parceiras deste programa já estão considerando os povos indígenas, para fins educativos e burocráticos, não pelo estado em que residem, mas sim por sua identidade cultural. “A noção de território dos índios não está relacionada com a divisão de regiões administrativas; para eles, não existem diferenças entre os que vivem no Espírito Santo, Rio de Janeiro ou outro estado, o que significa que, a partir deste curso, o que está sendo levado em consideração é a sua identidade guarani, em qualquer região que se encontrem”, afirmou Kleber.

Há professores que já lecionam nas aldeias indígenas, mas ainda não concluíram o ensino médio, nem mesmo o fundamental. Esta é uma grande oportunidade de aprendizagem para formar e capacitar estes profissionais em atuação. “O curso é excelente, pioneiro para mim, estamos muito avançados em termos de pesquisa e aprendizagem”, destacou o professor indígena Algemiro Guarani, da aldeia Sapucaia, em Angra dos Reis (RJ).

O conteúdo ensinado na etapa que terminou nesta quinta-feira englobou disciplinas como matemática, aulas de DST/Aids ministradas pelo Ministério da Saúde, aulas de português como segunda língua, além de oficinas de fotografia, história, pesquisa e educação intercultural – esta última, ministrada pelo especialista mundialmente reconhecido no ramo, Bartolomeu Meliá.

O curso é resultado de uma parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Fundação Nacional do  Índio (Funai) e secretarias de Educação do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Repórter: Fabiana Gomes

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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