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Educação indígena

Professor indígena estuda nas férias

  • Sexta-feira, 22 de dezembro de 2006, 16h04
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 12h51

Quase 700 professores indígenas de 15 povos e de seis estados estarão nas salas de aula fazendo cursos de graduação ou de ensino médio nas férias escolares de janeiro e fevereiro de 2007. Nas licenciaturas oferecidas por universidades públicas do Mato Grosso do Sul, Amazonas, Goiás e Tocantins eles são 369. Outros 329 professores do Amazonas, Paraná e Amapá fazem etapas de cursos de magistério de nível médio.

Na avaliação do coordenador de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação, Kleber Gesteira, ao abrir mão das férias escolares para se qualificar, os professores indígenas mostram o compromisso que têm com suas comunidades e com o futuro de seus filhos. Kleber lembra que os cursos em serviço duram entre quatro e cinco anos, o que representa de oito a dez períodos de férias dedicados à formação, além do afastamento da família, que é difícil para qualquer povo que vive em comunidade.

A licenciatura intercultural equivale a um curso de graduação e prepara o professor para trabalhar da 5ª à 8ª série do ensino fundamental e ensino médio. Essa modalidade de formação em serviço foi construída por universidades públicas federais e estaduais, com o apoio do MEC e em parceria com as comunidades e representações dos professores indígenas em cada estado da Federação.

A primeira licenciatura intercultural foi criada pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) em conjunto com os 37 povos do estado. Hoje, as licenciaturas são oferecidas por oito instituições públicas de ensino superior, onde estudam 870 professores indígenas de 49 povos. Outras oito universidades estão construindo cursos com apoio do Ministério da Educação e mais três já sinalizaram ao MEC que desejam abrir licenciaturas interculturais.

Licenciatura − Nas próximas férias escolares, 59 professores dos povos de Goiás e Tocantins e 60 guaranis-kaiuá, de Mato Grosso do Sul, fazem a primeira etapa intensiva de formação nas universidades federais de Goiás (UFGO), em Goiânia, e da Grande Dourados (UFGD), em Dourados (MS). No mesmo período, 250 professores ticuna do Alto Solimões, no Amazonas, cursam a segunda etapa presencial em Benjamim Constant. Esse curso é ministrado pela Universidade Estadual do Amazonas (Ueam).

Mais 329 professores estarão em cursos de magistério de nível médio, onde recebem formação para lecionar de 1ª a 4ª série do ensino fundamental. Destes, 177 estão em três pólos de formação − Alvarães (rio Solimões), Borba (rio Madeira) e Pauini (rio Purus) − no Amazonas; 87 guaranis-kaiuá, de Dourados (MS), fazem a segunda etapa do ensino médio; 40 kaingangs de Faxinal do Céu, Paraná, cursam a terceira etapa intensiva; e 25 wajãpis, do Amapá, fazem a nona e última etapa de formação de nível médio.

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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