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Educação indígena

Professor indígena tem formação em Pernambuco

  • Quarta-feira, 31 de janeiro de 2007, 10h33
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 09h44

O Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação) chegou a várias aldeias indígenas do País. Agora, é ministrado especificamente a 140 professores indígenas de Pernambuco. Os participantes, das etnias xucuru, cambiuá e capinauá, vão se formar em dezembro.

Criado em 1999, o Proformação destina-se a professores em exercício que não completaram o ensino médio. Para fazer o curso, de dois anos, cada participante recebe 32 livros auto-instrucionais, editados pelo Ministério da Educação, que abordam áreas temáticas como linguagens e códigos, vida e natureza, identidade, sociedade e cultura, matemática e lógica, fundamentos da educação e organização do trabalho pedagógico.

No início, os participantes assistem às aulas durante dez dias. Depois, levam um livro para casa, com textos, ilustrações e exercícios. A cada 15 dias, encontram-se com o tutor, no município onde vivem. Ao final do semestre, fazem provas no pólo ou na agência formadora do programa. Para cada grupo de dez cursistas há um tutor.

O Proformação já formou 33.993 professores, vários deles indígenas. Pela primeira vez, porém, o curso está estruturado exclusivamente para indígenas. Em Pernambuco, os cursistas estão ligados aos pólos de Floresta, Pesqueira, Ouricuri e Arcoverde. “É um curso casado. O MEC oferece o Proformação básico e a Secretaria de Educação de Pernambuco trata dos temas específicos indígenas, com apoio da Universidade Federal de Pernambuco”, explica Luciane Sá de Andrade, coordenadora nacional do Proformação. Segundo ela, o Proformação tem estratégia e metodologia para chegar ao professor e permite que ele faça o curso enquanto está trabalhando. “Um dos grandes desafios da educação indígena é formar professores ao mesmo tempo em que eles continuam nas aldeias”, destacou

Luciane ressalta que um dos eixos do programa é o fortalecimento dos aspectos culturais da comunidade na qual o professor vive. “Colocamos à disposição dos educadores indígenas o acesso ao conhecimento acumulado, mas ao mesmo tempo respeitamos a cultura desses professores”, disse.

Ligado à Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), o Proformação conta com cerca de 2,5 mil professores cursistas em Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Maranhão. Mais informações na página eletrônica do programa.

Súsan Faria

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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