Línguas indígenas em congresso na UFMG
Professores universitários e de ensino médio de português e espanhol, além de engenheiros, antropólogos, alunos de pós-graduação, lingüistas brasileiros e estrangeiros participarão do 5º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Lingüística (Abralin), em Belo Horizonte. O encontro terá início no dia 28 próximo e se estenderá até 3 de março.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) é uma das patrocinadoras do congresso, que tem mais de mil inscritos. Eles participarão de oficinas e mesas-redondas na Faculdade de Letras do campus da Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estarão em debate temas como fonética, morfologia e sintaxe, semântica, lingüística histórica, análise de texto e do discurso e estudo de línguas.
Na ampla programação há, também, tópicos relacionados à educação escolar indígena. A professora Bruna Franchetto, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falará sobre documentação de línguas indígenas e minoritárias.
Conhecimento — Nas mesas-redondas será discutido o conhecimento lingüístico da gramática de teneteara e caapor, do ramo tupi-guarani, com especialistas como Tabita Fernandes da Silva, Raimunda Benedita Cristina e Mário Alexandre Garcia Lopes. Na programação está previsto ainda debate sobre a mudança gramatical no português caipira.
O coordenador de educação indígena do MEC, Kleber Gesteira, destaca que o ministério tem publicado vários livros em línguas indígenas para uso nas escolas. Para isso, conta com a contribuição de lingüistas que participarão do congresso, como Bruna Franchetto. “O congresso é um espaço qualificado, que tratará de questões lingüísticas do ponto de vista científico”, disse Gesteira.
Alguns dos participantes são formadores de professores indígenas. A UFMG é uma das universidades que oferecem curso de licenciatura indígena.
Mais informações pelo telefone (31) 3499-6025 e na página eletrônica da Abralin.
Súsan Faria
Republicada com correções