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Educação indígena

Livro traz retrato detalhado da educação indígena

  • Quinta-feira, 19 de abril de 2007, 11h00
  • Última atualização em Sexta-feira, 15 de junho de 2007, 04h57

A publicação Estatísticas sobre educação escolar indígena no Brasil, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), traz um retrato detalhado da oferta de ensino nas aldeias. “É a primeira vez que o recorte é feito dessa forma. É um mergulho na realidade dessas escolas e um importante instrumento para aprimorar políticas públicas educacionais voltadas a esses povos”, explicou a diretora de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Oroslinda  Goulart. O lançamento do estudo ocorreu durante o debate Um olhar sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil, nesta quarta-feira, 18, no auditório do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Os dados estatísticos apresentados são do Censo Escolar do 2005 do Inep e se referem à Educação Básica. Há, também, comparações com o Censo de 1999, ano em que o CNE, interpretando dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e da Constituição Federal, instituiu a categoria escola indígena nos sistemas de ensino do país.

O detalhamento da estatística contempla a diversidade sociocultural das escolas indígenas, os métodos didático-pedagógicos empregados, etapas de ensino ofertadas, origem dos professores (indígenas e não indígenas) e traça o perfil dos alunos. Mostra, ainda, que houve avanços na oferta de educação escolar indígena no período analisado. Entre eles, destaca-se o número de estudantes, que subiu 50%, saltando de 93 mil para 163,7 mil e o aumento do número de  escolas de ensino médio, de 943 para 4.270.

Obras — Outras quatro obras que trazem uma renovação na visão dos indígenas do Brasil foram lançadas no encontro: O índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos do Brasil de hoje, de Gersem Baniwa; A presença na formação do Brasil, de João Pacheco Oliveira e Carlos Augusto da Rocha; Povos indígenas e a lei dos “Brancos”: o direito à diferença, de Ana Valéria Araújo; e Manual de Lingüística:subsídios para a formação de professores indígenas na área de linguagem, de Marcus Maia.

“São livros paradidáticos, feitos para estudantes indígenas que estão no ensino superior. São instrumentos fundamentais na formação de um cidadão indígena universitário brasileiro, para o exercício das suas atividades profissionais e para sua percepção como sujeito de direitos no Brasil”, explica um dos coordenadores da produção, Antônio Carlos de Souza Lima.

Ele também destaca o manual de lingüística, para professores indígenas, que parte das 130 diferentes línguas indígenas faladas no Brasil, para discutir o uso do português como segunda língua. “Esperamos que esses livros sejam distribuídos e consumidos Brasil afora porque trazem uma renovação total do que seja a visão dos indígenas do Brasil”, concluiu.

Juliana Meneses

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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