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Educação infantil

Histórias aumentam o interesse pela leitura em escolas do Rio

  • Quarta-feira, 10 de agosto de 2005, 16h46
  • Última atualização em Terça-feira, 05 de junho de 2007, 05h56

O número de livros emprestados por alunos da educação infantil e ensino fundamental, em Niterói (RJ), aumentou em 20%, desde que foi implantado pela Fundação Municipal de Educação de Niterói (FME) o projeto História Faz História. A ação integra as atrizes e contadoras de histórias Laura Telles e Viviane Netto, que vêm se apresentando em 49 escolas municipais de educação infantil e ensino fundamental para cerca de 30 mil estudantes.

Semanalmente, o História Faz História visita uma escola da rede e apresenta histórias infantis e contos retirados do imaginário popular e de livros, além de canções temáticas. O projeto leva novas experiências às crianças da pré-escola e ensino fundamental da rede pública municipal. As contadoras buscam nos livros a inspiração para transmitir lendas, mitos, folclores e fábulas que despertem nas crianças o desejo e a necessidade de ler. Pela abordagem lúdica, o objetivo do projeto é aumentar a freqüência à biblioteca, incentivar o desenvolvimento da redação e levar conteúdo didático-teatral para as salas de aula.

Segundo a Assessoria de Comunicação da FME, o aumento da procura por livros emprestados na única biblioteca municipal, desde a implantação do projeto, levou à inauguração de mais uma biblioteca municipal na cidade e, até o final do ano, outras quatro estarão sendo inauguradas em áreas comunitárias de Niterói.

“É a busca de novas narrativas fascinantes e empolgantes que, contadas com a ajuda de figurino cênico, instrumentos musicais e a encenação teatral, trazem para o aluno o questionamento do que a leitura pode lhes oferecer de bom. Uma vez motivada, a criança já terá em si a vontade de ler, criar e recontar sua própria história”, diz o secretário de Educação de Niterói e presidente da FME, Waldeck Carneiro.

"A maior gratificação em lidar com o público infantil é o retorno imediato da platéia. As crianças, no final da ‘contação’, querem abraçar você, ver os bonecos, olhar a mala de apetrechos, trazem desenhos para nós e saem cantando as músicas pelos corredores. Tudo isso é sinal de que o projeto vem dando resultado e que estamos atingindo nosso objetivo, que é fazer a criança ver nos livros um amigo interessante, adquirir gosto pela leitura", afirma a contadora cuiabana Laura Telles.

Saeb – Indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) revelam que 42% dos alunos da 3ª série do ensino médio estão nos estágios Muito Crítico e Crítico de desenvolvimento de habilidades e competências em língua portuguesa. São estudantes com dificuldades em leitura e interpretação de textos de gêneros variados. Não são leitores competentes e estão muito aquém do esperado para o final do ensino médio.

Já os indicadores do estudo da 4ª série apontam graves problemas de eficiência do sistema educacional brasileiro. São cerca de 59% de estudantes de língua portuguesa, de todo o Brasil, distribuídos entre os estágios Muito Crítico e Crítico. Entre os concluintes do ensino fundamental, os indicadores também são preocupantes, estabelecendo grandes desafios para os gestores da educação em nosso país. Em língua portuguesa, apenas 10% dos estudantes estão no estágio considerado adequado.

Repórter: Sonia Jacinto

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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