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Educação no campo

Aprendizado na zona rural será debatido

  • Quarta-feira, 23 de julho de 2008, 14h47
  • Última atualização em Quarta-feira, 30 de julho de 2008, 12h33

Seminário vai discutir freqüência escolar dos alunos (Foto: João Bittar)O ensino voltado às crianças de zero a seis anos que moram no campo será debatido nos dias 30 e 31 de julho, em Brasília, no Ministério da Educação. Um seminário discutirá as características e necessidades dessas crianças, para que seja elaborada uma proposta de educação infantil que atenda às demandas de aprendizado em zonas rurais.

“A educação infantil no campo representa a menor taxa de freqüência escolar da educação básica”, diz a coordenadora de educação infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB), Rita Coelho. Segundo ela, é preciso descobrir as razões que levam à baixa freqüência, debater a concepção de educação infantil no campo – que difere da educação ofertada em áreas urbanas – e construir políticas públicas com base nessas discussões.

“Queremos saber se a demanda é pequena no campo ou se a oferta é insuficiente para atender as crianças”, ressalta Rita. A coordenadora explica que, para oferecer educação infantil de qualidade no campo, além dos problemas da oferta, é preciso levar em conta as características dos habitantes. “São povos ribeirinhos, da floresta, do sertão, da agricultura familiar, populações que vivem em assentamentos”, exemplifica.

De acordo com Rita, as políticas públicas de educação infantil obedecem hoje a parâmetros urbanos de atendimento. No campo, diz Rita, muitas crianças da creche aos primeiros anos do ensino fundamental – entre zero e dez anos – estudam juntas em salas multisseriadas porque não há concentração de demanda suficiente que justifique salas específicas para cada turma ou faixa etária.

“Precisamos pensar um projeto arquitetônico, rotinas de atendimento e formação de professores para a educação no campo”, destaca Rita. Para a coordenadora-geral de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Sara Lima, o encontro oferecerá subsídios para definir uma política para a educação infantil nessas áreas. “Vamos escutar gestores, pesquisadores, representantes de movimentos sociais, para saber qual a melhor política para atender essa faixa etária”, afirma.

O seminário reunirá estudiosos e pesquisadores do tema, representantes de universidades, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entre outros. O encontro é iniciativa do grupo de trabalho Educação Infantil no Campo, formado por técnicos dos Ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário.

Maria Clara Machado

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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