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Educação profissional e tecnológica

Feijão japonês é pesquisado em Goiás

  • Quarta-feira, 02 de abril de 2008, 12h27
  • Última atualização em Sexta-feira, 04 de abril de 2008, 08h19

Rio Verde (GO) – Pesquisas realizadas no campo experimental do Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde (Cefet Rio Verde) comprovam que o feijão azuki, uma variedade de origem japonesa, pode ser uma boa opção de cultivo em terras goianas no período da safrinha, que vai de dezembro a junho. Os experimentos tiveram início há pouco mais de um ano e os resultados estão surpreendendo os pesquisadores. “A planta mostrou-se muito resistente à seca e também ao excesso de umidade, portanto de fácil adaptação às variações climáticas tão comuns nesse período na região de Goiás”, diz o pesquisador do Cefet, Anísio Rocha.

A resistência ao ataque de pragas é outro fator que está chamando a atenção dos pesquisadores. Eles dizem que durante todo o cultivo não foi necessário fazer nenhuma aplicação para combater a mosca branca, que causa o mosaico dourado, principal doença das lavouras de feijão. “Não houve nenhuma evidência da doença no feijão azuki, o mesmo não aconteceu nas lavouras de feijão comum, que ficaram com aspectos amarelados e produziu pouco”, diz o estudante do Cefet Rio Verde, Ronie Fernandes. A produtividade do grão ficou em torno de 1.100 quilos por hectare.

Em Goiás, o feijão azuki ainda não é produzido em escala comercial, mas segundo os pesquisadores o produtor já pode pensar em produzir a variedade para competir com o feijão carioca. “Mais variedades no mercado ajudam a equilibrar o preço do produto pago pelo consumidor”, diz Anísio Rocha, referindo-se à recente alta do preço do feijão carioca que assustou os compradores.

De aspecto avermelhado, o grão do feijão azuki é bem menor se comparado ao feijão carioquinha. A variedade é bastante utilizada pela colônia japonesa, que costuma fazer doces à base do feijão, sendo o mais famoso o angô. De acordo com o engenheiro químico Lincoln Kotsuka, o azuki possui o mesmo valor nutritivo que o feijão carioquinha, variedade mais consumida no país. Para o professor Alécio Rodrigues, um dos pesquisadores da variedade, produzir o feijão azuki no cerrado pode ser um negócio rentável para o produtor, já que a variedade tem um pequeno custo de produção, o que aumenta as chances de melhoria de renda de quem produz. Mais informações na página eletrônica do Cefet.

Assessoria de Comunicação do Cefet Rio Verde

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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