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Educação profissional e tecnológica

Mulheres Mil garante novas esperanças

  • Quarta-feira, 17 de dezembro de 2008, 13h13
  • Última atualização em Terça-feira, 30 de dezembro de 2008, 16h02

Detentas recebem certificado em Roraima (Foto: Virgínia Albuquerque)Vanusa França da Silva, paraibana, 27 anos, e Sôngila Soares de Lima, 46 anos, roraimense, três filhos, têm algumas características em comum: são chefes de família, não concluíram o ensino fundamental e são alunas do programa Mulheres Mil.

Por diversas circunstâncias, elas não conseguiram acesso à educação nos graus elementares e fundamentais, direito garantido pela Declaração Universal dos Direito Humanos. Mas, com o programa, elas têm a oportunidade de voltar para a sala de aula, retomar os estudos e abrir perspectivas de futuro. O programa Mulheres Mil pretende garantir, até 2010, capacitação profissional a 1 mil mulheres do Norte e Nordeste do Brasil.

Sôngila Soares, presa por tráfico de droga, cumpre pena na penitenciária Agrícola de Roraima. Com o projeto Inclusão com Educação, do Mulheres Mil de Roraima, ela acredita que pode conseguir trabalho quando sair do presídio.

“Já estava afastada da escola há muitos anos. Trabalhei como doméstica e cozinheira, mas sei que quando saímos daqui muitos não querem nos dar emprego, pois ainda há muito preconceito”, pontua.

Além de elevar a escolaridade, ela está participando da capacitação em cozinha regional e já concluiu o primeiro módulo da capacitação profissional. “Agora será diferente, estaremos mais preparadas quando sairmos daqui”, destaca Sôngila.

Já Vanusa da Silva, aluna do projeto da Paraíba, sustenta quatro filhos, pais e irmão com uma renda de R$ 30,00 por semana. Marisqueira, sem canoa e nem equipamento para pesca, trabalha de diarista. Na Paraíba, o projeto vai beneficiar 160 mulheres das comunidades de Bayeux e Cabedelo e organizar cooperativa de produção para que elas garantam trabalho e renda.

Atualmente, o projeto está sendo implantado em 13 instituições da rede federal, mas a meta, segundo Sérgio França, membro da gerência nacional do Mulheres Mil, é expandir a experiência. “A metodologia de acesso e permanência que estamos debatendo para o Mulheres Mil está servindo de base e reflexão para discutir, elaborar e sistematizar o acesso de populações desfavorecidas, e futuramente será ampliada para todas as instituições da rede federal”, relata.

Cooperação – O Mulheres Mil está sendo implantado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, em cooperação com o governo do Canadá. As capacitações são nas áreas de artesanato, corte e costura, beneficiamento do couro do peixe, processamento de frutas, turismo, gastronomia e reciclagem de lixo.

Assessoria de Imprensa da Setec

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