Educação profissional e tecnológica
Por meio da educação, a comunidade terá mais oportunidades de crescimento e geração de renda, além de obter notoriedade na região, tendo em vista seu valor histórico e social. Durante a visita, foram feitas diversas sugestões: para cursos na área de artesanato, criação de uma horta comunitária, criação de vacas e manejo de leite. Com base nessas idéias, os servidores devem elaborar um projeto para a realização destas atividades no quilombo.
O projeto é baseado no trabalho do professor Heron Lisboa de Oliveira, desenvolvido na comunidade no ano passado. Segundo ele, o campus Sertão estudará a possibilidade de reservar vagas para moradores da comunidade nos processos de seleção para os cursos.
Diagnóstico – O diagnóstico que será feito pelos integrantes do Neab levantará informações sobre o número de moradores do quilombo, e pessoais, como sexo, idade, escolaridade e renda. A partir daí, o núcleo identificará o que o campus pode fazer de concreto pela comunidade na busca de artifícios para a geração de renda. No próximo encontro com os moradores, eles deverão responder a um questionário e dar exemplos que retratem seu modo de vida e as tradições que foram passadas de geração para geração.
Renda – Antes mesmo da elaboração do diagnóstico, foi constatado que o mais urgente na comunidade é a geração de renda. Os moradores vivem uma disputa judicial por terra com os agricultores que moram nos arredores do quilombo. Enquanto permanecer o impasse, conforme o procurador João Mallmann, a maioria das famílias não tem onde plantar. Desta forma, não há possibilidade do campus desenvolver atividades na área da agricultura. Por isso, na opinião do professor Roberto Sander, o ideal seria iniciar uma atividade que não necessite da compra de materiais. “Por exemplo eles poderiam fazer bijuterias de materiais naturais, como cascas”, indicou.
Para sobreviver os homens precisam ir para longe em busca de emprego, principalmente na colheita de maçã. Somente as mulheres permanecem na comunidade cuidando da casa e dos filhos. “Aqui nós não temos oportunidade, ninguém nos dá emprego”, revela Laídes. Os jovens, segundo ela, deixam a escola muito cedo por não ter condições de comprar roupas e calçados para estudar. “Nós recebemos recursos do governo para construir uma horta comunitária e uma estrebaria, mas a horta não ficava nas nossas terras e as vacas que recebemos logo adoeceram”, relatou Laídes.
Quilombo – Indícios apontam que a comunidade foi formada por negros escravos fugidos das fazendas e charqueadas do sul do estado, próximo a 1870. Hoje, cerca de 60 famílias descendentes de escravos vivem no local.
Assessoria de Comunicação IFRS - Campus Sertão
Educação vai revitalizar comunidade quilombola no RS

O projeto é baseado no trabalho do professor Heron Lisboa de Oliveira, desenvolvido na comunidade no ano passado. Segundo ele, o campus Sertão estudará a possibilidade de reservar vagas para moradores da comunidade nos processos de seleção para os cursos.
Diagnóstico – O diagnóstico que será feito pelos integrantes do Neab levantará informações sobre o número de moradores do quilombo, e pessoais, como sexo, idade, escolaridade e renda. A partir daí, o núcleo identificará o que o campus pode fazer de concreto pela comunidade na busca de artifícios para a geração de renda. No próximo encontro com os moradores, eles deverão responder a um questionário e dar exemplos que retratem seu modo de vida e as tradições que foram passadas de geração para geração.
Renda – Antes mesmo da elaboração do diagnóstico, foi constatado que o mais urgente na comunidade é a geração de renda. Os moradores vivem uma disputa judicial por terra com os agricultores que moram nos arredores do quilombo. Enquanto permanecer o impasse, conforme o procurador João Mallmann, a maioria das famílias não tem onde plantar. Desta forma, não há possibilidade do campus desenvolver atividades na área da agricultura. Por isso, na opinião do professor Roberto Sander, o ideal seria iniciar uma atividade que não necessite da compra de materiais. “Por exemplo eles poderiam fazer bijuterias de materiais naturais, como cascas”, indicou.
Para sobreviver os homens precisam ir para longe em busca de emprego, principalmente na colheita de maçã. Somente as mulheres permanecem na comunidade cuidando da casa e dos filhos. “Aqui nós não temos oportunidade, ninguém nos dá emprego”, revela Laídes. Os jovens, segundo ela, deixam a escola muito cedo por não ter condições de comprar roupas e calçados para estudar. “Nós recebemos recursos do governo para construir uma horta comunitária e uma estrebaria, mas a horta não ficava nas nossas terras e as vacas que recebemos logo adoeceram”, relatou Laídes.
Quilombo – Indícios apontam que a comunidade foi formada por negros escravos fugidos das fazendas e charqueadas do sul do estado, próximo a 1870. Hoje, cerca de 60 famílias descendentes de escravos vivem no local.
Assessoria de Comunicação IFRS - Campus Sertão