Projeto ambiental recupera área degradada de rio maranhense
São Luís – O Rio da Prata é um dos responsáveis pelo abastecimento do Sistema Batatã, que fornece água para parte da população de São Luís. No entanto, a área em torno de sua foz sofreu, nos últimos anos, um acelerado processo de desmatamento, que ameaçava a biodiversidade local. Diante desse problema, professores e estudantes do Instituto Federal do Maranhão – Campus Maracanã (antiga Escola Agrotécnica Federal) – criaram um projeto de recuperação ambiental, uma vez que a nascente do rio está localizada no território do Instituto.
As atividades foram executadas ao longo de um ano, tendo como objetivo criar condições para o manejo sustentável da área de preservação ambiental da bacia do Rio da Prata, com a recuperação da mata ciliar e da vegetação da nascente, que culminou com a reinserção de espécies nativas. A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Segundo o coordenador do projeto, professor Eliomar Costa Braga, os moradores da comunidade em torno do Campus Maracanã estavam habituados a montar armadilhas e caçar animais, além de queimar a mata – o que provocava a destruição irreparável de diversas espécies. Para conter essa prática, foram realizados cursos de conscientização e treinamento de moradores do entorno, que passaram a cultivar hortas e plantas frutíferas. Os envolvidos no projeto fizeram ainda um mapeamento da biodiversidade da área e reinseriram animais silvestres na mata.
“O projeto trouxe, na sua essência, algo de inovação e credibilidade nos aspectos sócio-econômico e ambiental, sobretudo no que diz respeito ao abastecimento de água em São Luís”, enfatiza o professor da Universidade Estadual do Maranhão, Hamilton Almeida, um dos colaboradores dessa iniciativa.
Segundo a consultora Magda Gonçalves, o projeto significou a realização de um sonho para a escola, que já atua nas áreas de agricultura e meio ambiente. A perspectiva é que as atividades tenham continuidade por meio de novas parcerias.
Assessoria de Imprensa do Instituto Federal do Maranhão