Incubadora de empresas ajuda a desenvolver idéias
Grande parte dos projetos bem-sucedidos surgidos nas salas de aula da rede federal de educação tecnológica tem apoio da Nynho, a incubadora de empresas do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas, Rio Grande do Sul. Ana Paula Matei, administradora da Nynho, levou para o estande da empresa na feira de ciência e tecnologia (Globaltech) de Porto Alegre, encerrada no domingo, dia 22, duas das cinco empresas em incubação, a Lia Raro Mídia e Educação e a Sitionet.
A Lia Raro Mídia, na Nynho há 18 meses, trabalha com produção de suportes pedagógicos — multimídia, histórias em quadrinhos e jogos — e cursos de capacitação. A Sitionet coloca empresas na internet e produz soluções estratégicas para melhorar vendas, marketing, suporte e serviços por meio de portais corporativos, intranet, cd-rom e comércio eletrônico.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de cada dez empresas criadas no Brasil, oito quebram antes de completar dois anos. Quando são incubadas, a proporção cai — somente duas são fechadas no mesmo período. Além da Lia Raro e da Sitionet, a Nynho ajuda a colocar no mercado a Sistecon, que gera sistemas para a construção civil; a Incofab, que trabalha com tecnologia aplicada ao agronegócio, e a TPI, que integra sistemas de tecnologia de informação.
As empresas incubadas pagam taxa de R$ 7,00 por mês para cobertura das despesas de infra-estrutura. Elas são selecionadas por edital, publicado anualmente. Dentre os critérios, estão o grau de inovação tecnológica e a viabilidade técnica e comercial da idéia, além do potencial empreendedor.
Incentivo — “Os profissionais da Nynho nos ajudam a enfrentar o mercado com uma postura mais profissional”, disse Marcelo Castro, um dos sócios da Sitionet. A incubadora auxilia na gestão e na administração inicial do negócio e na elaboração de projetos para financiamento por órgão de fomento.
Tâmara Nascimento e Gustavo Magalhães, alunos do curso técnico de eletrônica do Cefet-Pelotas, pensam em desenvolver seu negócio em uma incubadora de empresas. Eles prentendem produzir uma máquina para medir a alvura do grão de arroz. Segundo eles, um equipamento importado para esse fim custa US$ 5 mil (cerca de R$ 13 mil). Os orçamentos feitos pela dupla mostram que o similar nacional ficaria em aproximadamente R$ 120,00.
Repórter: Rodrigo Farhat