Contratação de professores melhora qualidade do ensino básico
A autorização para a contratação de professores de ensino básico, concedida em fevereiro deste ano, pelo Ministério da Educação, tem como uma das principais conseqüências a qualidade do ensino. São 800 professores a mais nos centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas agrotécnicas federais, Colégio Dom Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e Instituto Benjamin Constant.
Segundo o coordenador-geral de supervisão da Rede Federal de Educação Tecnológica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Glaisson Cardoso Rubin, esta é a maior autorização do MEC para a contratação de professores de educação básica, desde 1994.
Somente o Colégio Dom Pedro II, do Rio de Janeiro, que possui 12 mil alunos e um quadro de mil professores, abriu 100 novas vagas para docentes. Destas, 95 já foram preenchidas no primeiro semestre de 2005. As cinco nomeações restantes serão feitas ainda em agosto.
Sidney Drago, do Colégio Dom Pedro II, diz que as contratações implicam na melhoria do ensino e destaca que o desempenho profissional do professor evolui conforme o tempo de serviço e a familiarização com a instituição. “Os contratos temporários limitam o desempenho do professor, pois quando, finalmente, ele está adaptado à escola, tem de sair por força da lei. “A liberação das vagas foi um grande passo, mas ainda temos a necessidade geral de contratações”, avalia.
Contratação – A Portaria nº 411, de 9 de novembro de 2005, autorizou a contratação de 110 professores de ensino fundamental e médio pelas universidades federais Fluminense, de Juiz de Fora, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Santa Maria, Rural do Rio de Janeiro, Roraima, Maranhão, Rio Grande, Uberlândia, Acre, Pelotas, Piauí, São Carlos, Sergipe e Viçosa.
A Portaria nº 412 também trata de 690 contratações, sendo 100 para o Colégio Dom Pedro II, quatro para o Ines, três para o Instituto Benjamin Constant e as demais para os Cefets e escolas agrotécnicas federais. As instituições ligadas ao MEC e citadas nas portarias têm autonomia para a realização do concurso e preenchimento de vagas e o prazo de até seis meses para publicar os editais.
Repórter: Sandro Santos