Brasileiros têm facilidade para assimilar novas tecnologias
A população brasileira é uma das mais abertas à incorporação de novas tecnologias. Esta afirmação é do secretário de Educação a Distância do MEC, Ronaldo Mota, manifestada no 1º Simpósio de Educação a Distância da Universidade de Brasília, nesta quinta-feira, 4. O encontro reúne profissionais que debaterão o tema até o dia 22 de setembro.
Mota lembrou que “os ritos de relação de professor e aluno têm, ainda, características remanescentes desde a Grécia Antiga com Sócrates e Platão”. Disse que nunca a presença e a importância de um professor será substituída, quaisquer que sejam as novas tecnologias. “O professor sempre será o centro e será insubstituível na sua missão, mesmo com as novas tecnologias de informação e comunicação”. Dispor das tecnologias mais avançadas para cumprir sua missão docente, só vai trazer mais valorização ao professor, destacou.
Em sua palestra, Mota esclareceu que a população brasileira está mais do que preparada para assimilar as novas tecnologias. Lembrou que o sistema de urnas eletrônicas do Brasil já foi utilizado por outros países da América e que a velocidade da votação por eleitor foi bem menor do que a dos cidadãos brasileiros. Para ele, isso se deve à capacidade de nossa população para se adequar às novas tecnologias. Citou, como exemplo, o sistema bancário brasileiro que é, segundo ele, extremamente eficiente em relação a outras nações. “Tudo isso deve ser utilizado na educação do país. Devemos aproveitar este potencial e canalizá-lo para a utilização na educação brasileira”, salientou.
Segundo ele, quando falamos em educação a distância não estamos falando somente de internet e que o Brasil possui um grande potencial no que diz respeito à educação via tevê. “Em média, as nossas crianças despendem cerca de quatro horas por dia em frente à televisão, é um potencial incrível que deve ser considerado e explorado”. Nesse sentido, a TV Digital abrirá um novo horizonte na aplicação das possibilidades interativas associadas às novas tecnologias digitais na televisão brasileira.
O secretário disse que não se justifica qualquer preconceito com as aulas a distância e que sempre será necessário o mínimo de aulas e atividades presenciais, especialmente em cursos de formação regular. “Os cursos a distância permitem que os alunos sejam formados pelos melhores profissionais de cada área. Não podemos desperdiçar este potencial”, finalizou.
Repórter: Sandro Santos