Fórum debate mercado de trabalho e formação profissional
As rápidas transformações no mercado de trabalho vêm exigindo novas posturas de educadores, alunos e profissionais em atividade. Cidadãos pouco qualificados sofrem limitações que vão além do aspecto profissional, influindo em seus direitos e na formação de sua identidade. Estas e outras questões vão reunir educadores, políticos, empresários, profissionais de nível técnico e lideranças para analisar e discutir O Mercado de Trabalho e a Formação do Profissional de Nível Técnico no Contexto dos Avanços Tecnológicos.
A troca de idéias ocorrerá no 2º Fórum Nacional de Ensino Técnico, que será promovido pela Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec) nos dias 22 e 23 deste mês, na Câmara Municipal de São Paulo. O evento tem o objetivo de mostrar que os profissionais de nível técnico podem se diferenciar no mercado de trabalho por meio de um ensino qualificado.
O professor Antonio Ibañez Ruiz, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, é um dos palestrantes. Ele nota que hoje há uma grande demanda no mercado de trabalho por algumas profissões que se tornaram necessárias por conta dos investimentos cada vez mais crescentes. “Eu diria que especificamente é o caso da siderurgia, da indústria naval, do petróleo, do gás e do turismo. São os setores que mais estão investindo.”
Com relação a cursos, o secretário destaca a pequena oferta para gemologia (parte da geologia que trata das pedras preciosas), construção naval e pesca. Ibañez destaca que o momento é muito bom para o ensino técnico e profissional. “É o ensino que mais cresce, e isso prova que o tecnólogo (estudante de graduação em áreas técnicas) está se consolidando na praça como profissional que atende às necessidades de novas profissões e trabalhos específicos, com conhecimentos, concepções de habilidades e competências adquiridas nas escolas técnicas.”
De acordo com Wilson Wanderlei Vieira, presidente da Fentec, o 2º Fórum Nacional de Ensino Técnico traz os resultados de fóruns regionais que aconteceram em vários estados. “Há muitas solicitações de adequação das grades escolares dos cursos técnicos ao perfil de profissional procurado pelo mercado de trabalho. A exemplo da primeira edição do evento, que aconteceu em 2004, estamos esperançosos de colher bons frutos.”
No primeiro semestre deste ano, houve encontros regionais em diversos estados brasileiros para identificar a situação local dos profissionais de nível técnico e o mercado de trabalho. Como resultado, foram elaborados manifestos com reivindicações e sugestões para melhoria do ensino técnico de cada região. No encerramento do fórum nacional, esses documentos serão analisados e seus pontos principais, agregados a um único manifesto.
Repórter: Sonia Jacinto