MEC e Sebrae premiam projetos para portadores de necessidades especiais
A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) divulgou na manhã desta segunda-feira, 28, o resultado do Prêmio Técnico Empreendedor de 2005. Os projetos vencedores foram desenvolvidos para portadores de necessidades especiais. A comissão julgadora indicou para os primeiros lugares Agência de Acessibilidade, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Bento Gonçalves, na categoria técnico, e Suporte a Equipamentos Especiais, do Cefet do Paraná, na categoria tecnológico.
De autoria dos estudantes Jéssica Sabrine Froes, Melissa Fagherazzi e Ramon Werle, o projeto de uma agência de acessibilidade propõe trabalhar em duas frentes: no suporte a lares, empresas e instituições que atuam com portadores de necessidades educacionais especiais e também com a adaptação de máquinas, equipamentos e programas de computador desenvolvidos para essas pessoas. O trabalho foi orientado pela professora Andréa Poletto.
O outro projeto prevê a implantação de um núcleo de assistência técnica a equipamentos de uso e de produção didática para deficientes visuais no Paraná. Tem como objetivo a manutenção preventiva e corretiva em equipamentos e programas de computador específicos para esses estudantes. Os alunos Claiton Warnk e Marcus Vinicius dos Santos foram orientados pela professora Sandra Sueli Malin.
"Este prêmio é um reconhecimento ao talento de cada um. É um mérito das escolas públicas formar mão-de-obra qualificada e sujeitos que têm os destinos nas mãos para construir o próprio futuro", declarou Eliezer Moreira Pacheco, secretário de Educação Profissional e Tecnológica. "Temos que sinalizar para o jovem brasileiro o empreendedorismo. Ele pode virar um empregador e não só um empregado", afirmou Enio Pinto, gerente do Núcleo de Educação do Sebrae Nacional.
A cerimônia terminou com uma apresentação do grupo de dança especializado em break Quebra de Movimento, de Santa Maria (DF).
Premiação – Na categoria técnico, o segundo e terceiro lugares foram para os projetos de profissionalização da ostreicultura (cultura de ostras) artesanal, do Colégio Agrícola Senador Carlos Gomes de Oliveira, e de criação de uma empresa apícola, da Escola Agrotécnica Federal de Colatina, no Espírito Santo, respectivamente. O primeiro trabalho é de autoria dos estudantes Cristiano Jasper e Danilo Gustavo Della Motta, orientados pelo professor Luciano Antônio Laçava, e o segundo, dos alunos Jeferson Felipe Damacena, Lucas Heimer e Márcio dos Santos, orientados por Nilton Nélio Cometti.
Na categoria tecnológico, a empresa Ecop, de projetos ambientais, e o projeto Bananits, um produto alimentar feito a partir da banana, ficaram com o segundo e terceiro lugares. A idéia da Ecop foi desenvolvida pelos estudantes Diogo Segnanfredo e Rubiam Wess, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, coordenados pelo professor Carlos Roberto Juchen. A Bananits foi criada por Cristina da Silveira e Gabriella Almeida, do Cefet de Bambuí, Minas Gerais, sob orientação do professor Wemerton Luiz.
Os trabalhos escolhidos são soluções com grande potencial de gerar negócios e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Participaram do concurso alunos de instituições federais de educação tecnológica e de escolas atendidas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep).
Os vencedores da etapa nacional, nas categorias técnico e tecnológico, receberam, além de um certificado, R$ 6 mil, distribuídos entre os três primeiros colocados. O professor-orientador do projeto vencedor da etapa nacional de cada categoria ganhou R$ 2 mil.
Repórter: Rodrigo Farhat