Aumenta a procura por cursos de administração em agronegócios
A procura e a oferta de cursos de administração em agronegócios têm aumentado. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o número de cursos em todo o país subiu de quatro, em 2000, para 18, em 2004, e as matrículas passaram de 206 para 1.509.
“A expansão da educação superior foi liderada por instituições que passaram a ofertar vagas nas áreas em que havia maior expectativa de demanda, como o agronegócio, que passou a ser importante na economia nos últimos anos”, avalia Jaime Giolo, coordenador-geral de Estatísticas de Avaliação da Educação Superior do Inep.
Na última década ocorreu também a expansão da educação tecnológica. Em 1994, existiam 261 cursos superiores de tecnologia no país. Em 2004, o número tinha subido para 1.804. Entre 2000 e 2004, o crescimento dos cursos tecnológicos foi superior ao dos demais cursos superiores. Para Giolo, a intenção era abreviar a duração dos cursos e otimizar custos de manutenção. Os cursos de bacharelado devem ter, no mínimo, 2.400 horas, enquanto os tecnológicos variam de 1.600 horas a 2.400 horas. Entretanto, do total de vagas oferecidas (200.458), apenas 19 mil estavam nas instituições públicas, apesar da procura ter sido bem maior (120.304 inscrições). As privadas tiveram a inscrição de aproximadamente 164 mil pessoas (para 181 mil vagas) e apenas 75.754 matrículas efetuadas.
“A população quer estudar nas instituições públicas, nos cursos dos centros federais de tecnologia e nas universidades. Se a expansão da oferta continuar apenas nas instituições privadas, vai aumentar o número de vagas ociosas”, acredita Giolo. No fim de 2005, o governo revogou a Lei nº 9.649/98, que proibia a expansão da rede federal de educação tecnológica.
Raquel Maranhão Sá