Região Sul tem a maior procura por cursos profissionalizantes do país
A Região Sul teve 28% de aumento no número de ingressos em cursos profissionalizantes de ensino médio, o mais expressivo em todo o país. As matriculas pularam de 128.921 para 165.387, de 2004 a 2005, com base em dados dos últimos censos escolares. O Paraná foi o campeão no número de alunos, que passaram de 32.803 para 54.858, no mesmo período, representando 67% de acréscimo.
De acordo com Carlos Eduardo Cantarelli, pró-reitor de graduação e educação profissional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), nessa instituição, que é a primeira de ensino superior profissionalizante no Brasil, são ofertados 13 cursos técnicos integrados ao ensino médio com 520 alunos. Outros 3,2 mil estudantes estão distribuídos em 33 cursos tecnológicos de nível superior. Há ainda outras oito qualificações de terceiro grau entre bacharelados e licenciaturas. Somente neste ano, as vagas ofertadas nos dois processos seletivos somam 3.884.
A universidade atua em todo estado com sete campi, localizados em Curitiba, Cornélio Procópio, Campo Mourão, Medianeira, Ponta Grossa, Pato Branco e Dois Vizinhos, no sudoeste paranaense. Quatro novos campi, com oito cursos técnicos na modalidade integrada e mais quatro tecnológicos, passam a funcionar em 2007. Com as 12 novas modalidades, a universidade amplia a oferta em cerca de 700 vagas anuais e passará a ter no fim do ano que vem aproximadamente 16 mil alunos, um aumento de três mil estudantes em relação a 2004.
As modalidades profissionalizantes de nível médio são oferecidas principalmente nas áreas de mecânica, eletrônica, segurança no trabalho, gastronomia, agrícola e indústria do vestuário. O perfil delas é traçado com o auxílio do setor de Relações Empresarias da UTFPR, por meio da captação de alunos egressos e com a coordenação de cada um dos campi junto às comunidades locais, para aferir as necessidades mercadológicas em cada região paranaense.
“A universidade trabalha intensamente para otimizar seus recursos rumo à expansão do número de vagas públicas do ensino profissionalizante, sejam elas de nível médio ou superior. Acreditamos que isso vai aumentar não só o investimento industrial, como melhorar o desenvolvimento social da região”, afirma Cantarelli.
Juliana Meneses