Interior paulista ganha cursos profissionalizantes
Os moradores da região de Jaguariúna, a 120 quilômetros de São Paulo, comemoram a ampliação do Centro Público de Educação Profissional (Cepep), que integra o Programa de Expansão Profissional (Proep). São dois novos cursos profissionalizantes — telecomunicações e eletroeletrônica —, que vão atender necessidades das indústrias da região. Jaguariúna e outros seis municípios do entorno de Campinas abrigam empresas de tecnologia de ponta. Só em Jaguariúna, são 168 indústrias de alta tecnologia.
O centro passará a ser gerenciado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo. O acordo, que permite a transferência de gestão e a criação dos cursos, será formalizado nesta quarta-feira, dia 18, em Jaguariúna, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad; pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e pelo prefeito Tarcísio Chiavegato. A idéia da parceria é diminuir o desemprego e oferecer mão-de-obra especificamente treinada para atender as demandas da região.
A ampliação e a transferência da escola resultaram de acordo entre o Proep e o Senai. “Esse tipo de acordo contribui com o crescimento da indústria na região. Apesar de ser uma das mais avançadas tecnologicamente no País, ela carece de mão-de-obra qualificada”, avaliou o diretor da Fiesp em Campinas, Rui Rabelo.
O centro de ensino formará 3.468 alunos por ano a partir de 2007. O MEC repassou cerca de R$ 3 milhões para a construção do prédio da escola, que conta com dez laboratórios e biblioteca com capacidade para 35 mil livros, além de ter investido em consultoria na área pedagógica. A prefeitura cedeu o terreno, e o Senai distribuirá as vagas, gratuitamente.
Empregos — Desde 2003, os moradores de Jaguariúna e arredores contam com cursos gratuitos de ensino profissionalizante. A iniciativa reverteu o quadro de desemprego. “O índice de desemprego na indústria, que era de 7,8%, passou para menos de 1%, graças aos treinamentos e à qualificação de profissionais", explicou o diretor do Cepep, José Antônio Chiavegato.
O Proep, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), conta com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Maria Clara Machado