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Educação profissional e tecnológica

Pesquisa busca remédio para doenças da boca

  • Sexta-feira, 09 de fevereiro de 2007, 10h21
  • Última atualização em Quinta-feira, 24 de maio de 2007, 09h25

Professores e estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas, com sede em Manaus, estão pesquisando espécies de plantas da região com propriedades para o tratamento de doenças da boca causadas por fungos e bactérias. As pesquisam visam também à criação de um banco de dados sobre plantas medicinais da região. O projeto envolve cinco professores e cinco alunos de licenciatura em biologia e química.

Uma das linhas de pesquisa testa planta capazes de combater bactéria que se instala no canal dentário (Foto: Rodrigo Farhat)De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Lucena, odontóloga e professora de biologia no Cefet-AM, o trabalho foi iniciado em janeiro de 2004, com a identificação e coleta de 15 tipos de plantas usadas na medicina popular da região para tratamento de problemas da mucosa da boca e em canais dentários. Depois de analisar as plantas nos laboratórios do Cefet, os pesquisadores encontraram possibilidades de comprovação de princípios ativos para tratamento dessas doenças em três espécies. Este ano, segundo Juliana, o grupo de pesquisadores vai trabalhar na identificação dos componentes específicos de cada planta e testá-los.

Com as pesquisas, será possível criar um banco de dados sobre plantas medicinais da Amazônia (Foto: Rodrigo Farha)A pesquisa mais avançada é a de testes para o combate à Candida albicans, fungo que prolifera nas mucosas oral e vaginal. Juliana explica que o fungo é resistente aos fármacos conhecidos. Em busca de respostas, a pesquisa pretende identificar nas plantas o componente específico para tratar o problema, definir uma fórmula e testar a eficácia.

Outra linha da pesquisa testa plantas capazes de combater a bactéria que se aloja no canal do dente e se dissemina pelo sangue, gerando doenças que atingem a garganta, provocam erisipela e podem chegar ao coração. A terceira pesquisa busca um fármaco para tratar o estreptococo faecalis, que tem origem intestinal, mas é encontrado no canal dentário, onde se manifesta na forma de abcesso.

A estruturação da área de pesquisa, segundo Juliana, foi possível com o aumento dos cursos de graduação. Em 2000, o centro tinha dois cursos superiores. Hoje, são nove — sete de tecnologia e dois de licenciatura. Na pós-graduação lato sensu, são 11 cursos.

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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