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Educação profissional e tecnológica

Cefet-MG contrata o primeiro estagiário com surdez

  • Quinta-feira, 31 de maio de 2007, 14h55
  • Última atualização em Terça-feira, 26 de junho de 2007, 09h34

Anderson Geraldo Rodrigues tinha dois anos e meio quando, ao pular de uma cama de molas, se desequilibrou, caiu e bateu a cabeça. Após o acidente, a família notou que ele estava perdendo, gradativamente, a capacidade de ouvir. Hoje, Anderson tem apenas 30% da audição.

Mas a deficiência auditiva não foi entrave para que ele, apesar das dificuldades, construísse um currículo que lhe permite ser hoje o primeiro estagiário com surdez contratado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). No dia 4 de junho, Anderson vai iniciar um curso experimental de Língua Brasileira de Sinais (Libras), adaptado à empregabilidade na construção civil. O estágio é uma parceria entre o Cefet e a ONG Rede Cidadã.

O Cefet-MG admitiu Anderson para trabalhar no Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Especiais (Napme). Ele vai ensinar os profissionais do centro a lidar com pessoas portadoras de deficiência. Além de aprender a Língua Brasileira de Sinais, os alunos — eletricistas, azulejistas e encanadores — terão a oportunidade de conviver com colegas surdos.

Não foi fácil para Anderson chegar até aqui. Ele diz que no início tinha dificuldades com a escrita da língua portuguesa, porque os professores  não eram capacitados para lidar com surdos. Segundo Anderson, naquela época não se falava em inclusão.

Anderson é casado com Vanugi da Silva, que também é surda. Eles têm dois filhos sem deficiência auditiva, que são bilíngües, e uma filha adotiva, que é surda. Para aqueles que têm uma deficiência e querem ter acesso ao mercado de trabalho, Anderson aconselha que se dediquem ao estudo. “Nesses tempos de globalização, essa é a única saída.”

Ana Júlia Silva de Souza

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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